segunda-feira, dezembro 25, 2006
A perda da Índia
A TV2 ofereceu-nos há dias um programa sobre o que se passou em Goa, Damão e Diu, há já 45 anos, quando as forças armadas indianas tomaram aqueles territórios.
E o certo é que foi com esse acontecimento que começou a descolonização.
Ouvimos nesse programa testemunhos de várias pessoas que ali estavam então, mesmo alguém de alta patente militar.
E verificou-se, através do que disseram, que, na verdade, aqueles nossos militares, sem quaisquer condições para uma resistência, acabaram por ser “ abandonados” pelo poder político de Lisboa.
Ficou célebre a ordem de Salazar: “ resistir a combater, até à morte”.
E isto sabendo-se que as forças portuguesas não dispunham sequer de equipamento militar suficiente.
Mas, muitos entre a morte e a vida optaram por esta, embora sujeitando-se a ser presos em campos de concentração indianos.
E embora o Governo português tivesse sido autorizado a ir buscar esses prisioneiros, a resposta foi: “ aguardar” e em quase 6 meses nenhuma veio em sentido positivo!
O mais reprovável foi ainda que quer o comandante chefe das forças portugueses, Almirante Vassalo e Silva, quer outros oficiais e militares, vieram a ser, injustamente e sem os respectivos e legais processos julgados como “ traidores à pátria”, quando, efectivamente, não dispunham dos meios necessários para oferecer a mínima resistência à invasão indiana.
Só muito mais tarde veio a reconhecer-se isso mesmo: a rendição das forças portuguesas era inevitável se se quisesse evitar uma mortandade geral dos nossos compatriotas!
Acertam os que dizem que Salazar “ tinha pêlos no coração”, como se costuma dizer.
O episódio da Índia ficará como um dos mais lamentáveis da nossa História, sobretudo em que Salazar revelou a sua maldade, querendo mandar para a morte muitos portugueses.
E o certo é que foi com esse acontecimento que começou a descolonização.
Ouvimos nesse programa testemunhos de várias pessoas que ali estavam então, mesmo alguém de alta patente militar.
E verificou-se, através do que disseram, que, na verdade, aqueles nossos militares, sem quaisquer condições para uma resistência, acabaram por ser “ abandonados” pelo poder político de Lisboa.
Ficou célebre a ordem de Salazar: “ resistir a combater, até à morte”.
E isto sabendo-se que as forças portuguesas não dispunham sequer de equipamento militar suficiente.
Mas, muitos entre a morte e a vida optaram por esta, embora sujeitando-se a ser presos em campos de concentração indianos.
E embora o Governo português tivesse sido autorizado a ir buscar esses prisioneiros, a resposta foi: “ aguardar” e em quase 6 meses nenhuma veio em sentido positivo!
O mais reprovável foi ainda que quer o comandante chefe das forças portugueses, Almirante Vassalo e Silva, quer outros oficiais e militares, vieram a ser, injustamente e sem os respectivos e legais processos julgados como “ traidores à pátria”, quando, efectivamente, não dispunham dos meios necessários para oferecer a mínima resistência à invasão indiana.
Só muito mais tarde veio a reconhecer-se isso mesmo: a rendição das forças portuguesas era inevitável se se quisesse evitar uma mortandade geral dos nossos compatriotas!
Acertam os que dizem que Salazar “ tinha pêlos no coração”, como se costuma dizer.
O episódio da Índia ficará como um dos mais lamentáveis da nossa História, sobretudo em que Salazar revelou a sua maldade, querendo mandar para a morte muitos portugueses.
