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domingo, dezembro 10, 2006

 

Quadro da vida

Ele era filho de pessoas modestas, de fracos recursos económicos.
O sonho daquele rapaz, desde muito jovem, era vir a ser médico, mas nunca contou que os pais lhe pudessem proporcionar a concretização desse sonho.
O pai, carpinteiro com um parco ordenado, a mãe fazendo trabalhos de costura para fora e nem sempre os havia...
Mas as notas do filho no ensino secundário foram sempre as melhores e muitos professores entusiasmavam-no a prosseguir e até chamaram os pais para que não o deixassem ficar por ali.
E assim aconteceu.
Apesar de ter sempre a sensação dos muitos sacrifícios paternos – o que até lhe causava, na época dos exames, um natural nervoso -, o certo é que o curso foi feito sem interrupções e com notas esplêndidas.
Alguém conseguiu que uma Fundação o ajudasse a ir para os EUA especializar-se.
Depois, ao fim de dois anos, foram as provas do doutoramento numa das nossas universidades.
Assistimos a elas e comovemo-nos naturalmente quando os pais passaram todo o tempo num canto da sala, como que envergonhados, com lenços a tapar as lágrimas.
Eram, decerto, lágrimas de alegria, de grande satisfação.
Tinham feito do seu rapaz alguém que, pelas suas habilitações e competência, atingira o cume de uma carreira, que ele tanto ambicionara desde jovem.
Os pais, nesse dia, como que remoçaram com o êxito daquele filho!
Hoje, ele é um cirurgião de grande nomeada.
Alguns podem achar estas linhas “ lamechas”, mas, quanto a nós, aqueles pais e o filho são verdadeiros “ heróis”!
E para o serem tiveram que enfrentar uma luta de muitos anos em que não precisaram mais do que uma grande força de vontade e de um imenso amor recíproco.
E isto merece, sem dúvida, ser realçado!

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