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quinta-feira, dezembro 28, 2006

 

Quadro da vida

Noite muito fria. Num hospital, serviço de urgências. À uma hora da madrugada entra em maca uma mulher idosa, com mais de 80 anos, com notórios problemas respiratórios, os quais afligiam visivelmente os familiares que a acompanhavam.
Socorrida, durante algum tempo pela equipa médica, o certo é que a pobre senhora não melhorou, continuando a ter muita dificuldade em respirar a ponto de, por vezes, parecer ir sufocar.
E quando se esperava que pelo menos ela ficasse internada para, durante a noite, ser melhor acompanhada, deram-lhe alta!
Que o que havia a fazer já tinha sido feito – foi o que informaram.
E a doente lá veio para casa e a família que tratasse dela!...
Contava-se talvez que ela não resistisse e viesse a morrer em pouco tempo.
Mas a senhora vive ainda e quase não dá já conta da forma muito fria – como estava o tempo – como se comportaram para com ela aqueles que, naquela vez, não tiveram sequer o devido espírito de humanidade.
É que não é às 3 horas da madrugada, com um tempo de enregelar, que se manda uma doente grave para casa!
Ficaria, decerto, melhor no próprio hospital assistida por quem deve saber fazê-lo.

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