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quarta-feira, janeiro 17, 2007

 

Amor de pai

Não pode deixar de indignar o que se passou no julgamento de alguém, que, durante alguns anos criou e deu carinho e amor a uma criança.
Costuma dizer-se – e com verdade – pai não é o que faz o filho e, sim, quem cuida, depois, dele, rodeando-o de afecto e procurando não lhe faltar com, pelo menos, o essencial para a sua criação.
Ora, no caso presente, o “ pai adoptivo”, aquele a quem foi entregue a criança, viu-se agora condenado a uma pesada pena de prisão.
Além de ter de entregar ao pai biológico a criança ( uma menina de 4 anos), pai que na altura até se recusou a dar-lhe o nome e que só agora, depois do teste de ADN, se “ convenceu” ser o verdadeiro pai!
E terá ele já condições para ter consigo a menina que rejeitou logo que nasceu deixando-a estar anos com outros pais?!
Abruptamente uma menina de 4 anos que viveu num saudável e carinhoso ambiente familiar é retirada dele e terá que passar a viver com quem, embora seu pai biológico, nunca conheceu nem a ele a reconheceu!
E o interesse da menor, que deve ser o centro em processos desta natureza, onde fica ele?
O Juiz Conselheiro Armando Leandro, Presidente da Comissão de Protecção de crianças e jovens em risco, já se pronunciou e no sentido de que tem que haver um maior cuidado no tratamento a dar a este caso, nunca descurando “ a necessidade de colocar a criança no centro de análise e decisão”.
Uma coisa é certa: nunca aquele que, em anos, tratou e bem a menina em causa nunca devia ser condenado com prisão de 6 anos.
É que, como já foi defendido por penalistas, não houve qualquer sequestro.
Houve, sim, um grande amor de pai.

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