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segunda-feira, janeiro 08, 2007

 

Quadro da vida

Eu sei que aquela mulher aguentou o mais possível!
Bebedeiras, pancadas, humilhações de toda a ordem, falta de dinheiro e de comida
(quantas vezes ela deixou de comer para dar alguma coisa aos filhos).
E foi por eles que ela aguentou tanto.
Até que não pôde mais e um dia abalou de casa, numa altura em que o marido andava a trabalhar fora.
Apesar do seu sofrimento, quase diário, nunca quis fazer mal ao pai dos seus filhos, conforme muitos a aconselhavam (que o levasse ao tribunal, que se queixasse dele, etc).
Mas, já tomou o conselho de umas senhoras de uma instituição, que se dispuseram a acolhê-la e aos filhos.
O marido, a princípio, fez escândalo, ia à porta da casa que os tinha recebido e insultava tudo e todos, com ameaças constantes.
Depois, houve o divórcio proposto por ela e foi-lhe fácil ganhá-lo e ficar com a tutela dos filhos menores.
Foi, então, que o homem desapareceu (dizem que terá ido para o estrangeiro).
E àquela mulher – mártir foi possível viver em paz, empregando-se, ter junto de si os filhos, sendo certo que, felizmente, nunca mais viu sequer o marido.
E ela parece outra (ainda há dias a vi), já se lhe vê um sorriso aberto, um brilho de felicidade nos olhos, e carinho, muito carinho pelos filhos, que também passaram a ser crianças normais com a alegria de viver.
Ainda há quem saiba dar a mão aos que precisam, tratando-os como ser humanos que são!

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