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sexta-feira, março 23, 2007

 

Em memória da Guida

Desde muito jovem que a Guida, de seu nome completo Margarida Louro Avelino, se destacou pela coragem e determinação como se empenhava na defesa de Causas sociais, sempre solidária com os mais desfavorecidos.
Era de prever que mais tarde depois do 25 de Abril a sua preferência política fosse para a esquerda.
E, como delegada sindical do sector da restauração, a Guida foi constante e corajosa lutadora contra medidas que visavam ofender os direitos fundamentais dos trabalhadores.
Inteligente, dinâmica, frontal e sincera, a Guida teve de enfrentar algumas lutas difíceis contra o patronato.
Lembro uma delas em que tinha pela frente um grupo económico poderoso, de que ela própria dependia e em que estava em risco um número considerável de empregos.
A Guida era, na verdade, uma “ mulher de armas”, nunca se refugiando na comodidade e nem olhando sequer aos seus próprios interesses.
Mesmo não estando nunca no seu Partido Comunista, sempre a admirei muito pela sua coerência, valentia e desejo intenso de poder valer a quem precisava do seu esforço.
Muitas vezes conversámos, algumas vezes me pediu conselhos jurídicos que a ajudassem a fazer valer as suas posições.
Sempre nos demos bem e entre nós estabeleceu-se uma boa amizade.
Morreu ainda nova, sofrendo o que não merecia.
Recordá-la-ei sempre com saudade.

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