terça-feira, abril 03, 2007
A contradição em política
Não é raro que quando um político está no poder defenda certas posições e quando está na oposição defenda o contrário!
Infelizmente, é assim.
Marques Mendes diz agora que a Ota é uma péssima solução para o novo aeroporto, é um desastre, é mais um “ elefante branco” neste país tão carente de recursos.
Decisão “ atabalhoada”, “ falta de bom senso”, “ asneira grossa”, “ erro enorme”, “ teimosia tola”, etc, é esta a posição de hoje de Marques Mendes e do PSD.
E até se dá a entender que haverá, por detrás do projecto da Ota, quaisquer interesses, não se sabendo quais...
Mas o certo é que os governos anteriores, o de Durão Barroso e o efémero de Santana Lopes sempre aceitaram a solução Ota, deixando avançar todos os vários estudos a respeito dessa questão.
E pagaram muitos milhares d euros nesses estudos e pareceres!
É, pois, muito estranho que agora esse passado se esqueça num ápice e se ataque ferozmente o projecto Ota, como se ele constituísse um crime de lesa-Pátria!
Claro que, presentemente, vão aparecendo alguns técnicos a opinarem no sentido que interessa ao PSD...
É, realmente, esquisito que se queira abandonar a ideia de se fazer o aeroporto na Ota, para se dar a preferência a áreas que ficam na península de Setúbal!
Ora, o que é preciso é que haja uma decisão e urgente e que ela seja de molde a melhor servir os interesses do país.
Quando se estão a negociar os fundos comunitários para a obra, não fica bem que só agora se procure travar a construção do novo aeroporto!
Infelizmente, é assim.
Marques Mendes diz agora que a Ota é uma péssima solução para o novo aeroporto, é um desastre, é mais um “ elefante branco” neste país tão carente de recursos.
Decisão “ atabalhoada”, “ falta de bom senso”, “ asneira grossa”, “ erro enorme”, “ teimosia tola”, etc, é esta a posição de hoje de Marques Mendes e do PSD.
E até se dá a entender que haverá, por detrás do projecto da Ota, quaisquer interesses, não se sabendo quais...
Mas o certo é que os governos anteriores, o de Durão Barroso e o efémero de Santana Lopes sempre aceitaram a solução Ota, deixando avançar todos os vários estudos a respeito dessa questão.
E pagaram muitos milhares d euros nesses estudos e pareceres!
É, pois, muito estranho que agora esse passado se esqueça num ápice e se ataque ferozmente o projecto Ota, como se ele constituísse um crime de lesa-Pátria!
Claro que, presentemente, vão aparecendo alguns técnicos a opinarem no sentido que interessa ao PSD...
É, realmente, esquisito que se queira abandonar a ideia de se fazer o aeroporto na Ota, para se dar a preferência a áreas que ficam na península de Setúbal!
Ora, o que é preciso é que haja uma decisão e urgente e que ela seja de molde a melhor servir os interesses do país.
Quando se estão a negociar os fundos comunitários para a obra, não fica bem que só agora se procure travar a construção do novo aeroporto!
Comments:
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"Sobre a OTA não pode haver reservas. Ou se apoia o projecto porque se acha importante para o País ou não e, dentro de alguns anos deixamos de ter aeroporto internacional. As duas alternativas são possíveis e ambas têm óbvias consequências.
É necessário frisar alguns factos indesmentíveis:
1- O que está em análise, há muitos anos, não é um simples areoporto regional, mas uma plataforma capaz de acolher as exigências do tráfego intercontinental.
2- Ao contrário do que alguns disseram durante demasiado tempo, a Portela está esgotada, sem possibilidade expansiva, nem mesmo para estacionamento de aviões de longo curso (veja-se o exemplo do Airbus 380 que não pode aterrar em Portugal).
3- A hipótese Portela mais outro já ninguém defende por ter custos de gestão enormes, por ser um remedeio, por continuar a sobrevoar a cidade de Lisboa e por haver cruzamento de corredores aéreos de aproximação à pista.
4- As hipóteses a sul do Tejo não são credíveis porque:a) Rio Frio está sobre o maior aquífero subterrâneo do País (estratégico em anos de seca) e tem impactos ambientais nocivos. b) As outras hipóteses, só agora, levantadas ainda não têm estudos preliminares e, por outro lado, afastavam demasiado o aeroporto dos seus potenciais utentes.
5- A posição geográfica da Ota é estratégica, serve as regiões mais populosas e empreendedoras, bem como é servida por uma favorável teia de auto-estradas.
6- A União Europeia já colocou esta obra (Ota) no exigente role das prioridades de apoio e aprovou os estudos de engenharia financeira de sustentação.
Quem, por todos os meios, pretende puxar o novo aeroporto para a margem sul são os grupos económicos (Espírito Santo e Sonae) ligados aos investimentos turísticos do litoral alentejano, tal como a Lusoponte que quer rentabilizar, ainda mais, as travessias do Tejo. A economia do País, a sua soberania e a atenuação de periferia geográfica aconselham urgência em avançar para a execução da Ota."
in Amicus Ficaria
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É necessário frisar alguns factos indesmentíveis:
1- O que está em análise, há muitos anos, não é um simples areoporto regional, mas uma plataforma capaz de acolher as exigências do tráfego intercontinental.
2- Ao contrário do que alguns disseram durante demasiado tempo, a Portela está esgotada, sem possibilidade expansiva, nem mesmo para estacionamento de aviões de longo curso (veja-se o exemplo do Airbus 380 que não pode aterrar em Portugal).
3- A hipótese Portela mais outro já ninguém defende por ter custos de gestão enormes, por ser um remedeio, por continuar a sobrevoar a cidade de Lisboa e por haver cruzamento de corredores aéreos de aproximação à pista.
4- As hipóteses a sul do Tejo não são credíveis porque:a) Rio Frio está sobre o maior aquífero subterrâneo do País (estratégico em anos de seca) e tem impactos ambientais nocivos. b) As outras hipóteses, só agora, levantadas ainda não têm estudos preliminares e, por outro lado, afastavam demasiado o aeroporto dos seus potenciais utentes.
5- A posição geográfica da Ota é estratégica, serve as regiões mais populosas e empreendedoras, bem como é servida por uma favorável teia de auto-estradas.
6- A União Europeia já colocou esta obra (Ota) no exigente role das prioridades de apoio e aprovou os estudos de engenharia financeira de sustentação.
Quem, por todos os meios, pretende puxar o novo aeroporto para a margem sul são os grupos económicos (Espírito Santo e Sonae) ligados aos investimentos turísticos do litoral alentejano, tal como a Lusoponte que quer rentabilizar, ainda mais, as travessias do Tejo. A economia do País, a sua soberania e a atenuação de periferia geográfica aconselham urgência em avançar para a execução da Ota."
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