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domingo, abril 15, 2007

 

Erros...

Há quem pensa que é a insultar que melhor se resolvem os problemas.
Há quem pensa que, em política, é a ralhar, a atacar, usando palavras sujas que mais se intimida o adversário, levando-o a calar-se ou a fazer o que se quer.
Há quem pensa que é com ameaças de toda a ordem, com comportamentos de exaltação que se faz vergar mais facilmente quem se lhe opõe.
E há quem, para além disso, julgue que o respeito pelos princípios democráticos é para os outros e que não é com conversações, negociações que os assuntos melhor se resolvem.
A tolerância para esses é sinal de fraqueza e, por isso, a sua vaidade os impede de a usar.
Tudo isso são erros que, mais cedo ou mais tarde, se pagam por quem utiliza tais condutas.
Lembro-me ainda das discussões havidas no começo da Assembleia Constituinte, em que valiam os insultos, até pessoais, as más palavras, as atitudes intransigentes e demagógicas – tudo, então, em honra da ideologia que cada partido defendia e, diga-se, nesse tempo o combate era, na verdade, fortemente ideológico!
E as sessões em plenário eram esgotantes e quase sempre inconclusivas...
Até que, o saudoso Professor Henrique de Barros, ilustre Presidente dessa Assembleia, chamou os líderes dos partidos e conseguiu, pelo menos, que os deputados se moderassem na sua linguagem, não proferindo asneiras, sob pena de não fazerem parte as suas intervenções dos registos das sessões.
E tal foi aceite. E os trabalhos parlamentares, embora ainda com embates sérios, começaram a decorrer melhor.
Foi o respeito uns pelos outros que, pouco a pouco, veio ao de cima, sendo muito mais produtivo o trabalho político naquela Casa.

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