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terça-feira, abril 24, 2007

 

O 25 de Abril

Ao comemorar a libertadora Revolução de Abril só me apetece gritar com muita sentida emoção: Viva o 25 de Abril! Viva o que trouxe aos portugueses a cidadania plena, a liberdade um regime político democrático, mais igualdade de oportunidades, mais solidariedade.
Um reconhecimento muito sincero a todos, civis e militares, que contribuíram para o derrube de uma ditadura feroz (e não branda como alguns lhe vão chamando, porque não sentiram, decerto os seus efeitos maléficos).
E falamos em civis e militares porque, na verdade, muitos dos primeiros, durante anos e anos sofreram na carne ou no espírito para resistirem à ditadura, nunca desistindo, por vezes com que valentia, dessa luta difícil e arriscada. Nem as perseguições, as discriminações nos empregos, a violência da polícia política, as torturas nas cadeias, as mortes (como no Tarrafal), a censura rigorosa, a proibição de manifestações públicas, os julgamentos fantoches dos não adeptos do salazarismo – nada, nada disso fez parar os resistentes à ditadura.
E falamos dos militares, valorosos, que em 25 de Abril de 1974 puseram fim ao regime ditatorial. Sem eles tal não seria possível.
A liberdade e a democracia entraram, então, em Portugal e ficaram, cada vez mais fortes e consolidadas, o que resultou principalmente depois da aprovação da Constituição de 1976 (em que tive a honra de colaborar).
Se todas as nossas expectativas não têm sido realizadas é porque a crise actual não tem permitido cumprir integralmente o programa do partido que sustenta o governo, programa em que se espelha o espírito do 25 de Abril.
Mas tenhamos esperança no futuro e é desse que se está a tratar, embora discordemos, tal como já tem acontecido, de algumas reformas nos sectores da Saúde, da Educação, da Justiça e da Legislação Laboral.
Os valores principais da democracia são cumpridos e é preciso que, dentre eles, o social prevaleça sobre o economicismo.
Nunca o PS se esqueça que é um partido da solidariedade, da fraternidade, do humanismo, da justiça social, da igualdade de oportunidades.
E o certo é que hoje vive-se muito melhor em Portugal do que anteriormente, ainda que haja um longo caminho a percorrer para que se possa dizer que foram preenchidas todas as finalidades do 25 de Abril.
Festejemos a liberdade que não tínhamos!
Festejemos a democracia que também não tínhamos!
Festejemos a maior solidariedade e tudo o que se tem feito para reduzir a pobreza e a exclusão social!
Festejemos a maior e melhor convivência sem quaisquer peias entre os portugueses!
Festejemos a liberdade de expressão e o confronto livre de ideias!
Festejemos, enfim, aquela Revolução do 25 de Abril de 1974 que nos proporcionou um Portugal bem diferente, mais próspero e plural, mais respeitado nos meios internacionais!
E que com a vontade de todos o nosso país venha a crescer economicamente.

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