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sexta-feira, maio 25, 2007

 

Os mártires deste país

As injustiças, o desrespeito constante de direitos adquiridos, os vários “travões” que vão aparecendo quanto a uma legítima ascensão profissional, a falta de consideração por valores e por posições que alguns já têm, a indiferença com que são tratados os que têm profissões de risco ou mais desgastante, a medição que se faz por igual não interessando a dignidade da pessoa humana valendo antes a consideração como meros números, etc – tudo isso vai existindo, criando naturalmente uma justificável desilusão sobretudo em muitos dos que, durante anos, lutaram contra um regime autoritário, a que muitos iam obedecendo, por medo, pela repressão e perseguições de toda a ordem.
Ansiava-se por um país renovado, mais justo, igualitário e próspero.
Ora, o certo é que em todas as classes e sectores de actividade surgem queixas fortes e vai havendo um grande mau estar.
Mas, tudo se vai sofrendo com a promessa de um futuro melhor, em que, infelizmente, já poucos acreditam.
Há professores, por exemplo, que, apesar de toda a sua experiência e competência, jamais terão oportunidade de subir na carreira, alguns porque durante certo tempo tiveram que aceitar a imposição oficial da “ congelação” de progresso na sua carreira.
Há, enfermeiros, operários, magistrados, funcionários públicos, forças militares e paramilitares, etc, etc descontentes com o que se está a passar no nosso país.
É claro que não se esperava que logo a seguir à Revolução do 25 de Abril, tudo mudasse de repente para melhor.
O que se herdou do regime anterior era mau (com uma dispendiosa e injusta guerra colonial) não só no aspecto espiritual mas material também. O país estava na penúria, só alguns tinham direito a viver bem, dispondo de boas situações e privilégios, como apoiantes do regime ditatorial.
Só que, se muita coisa – sobretudo nos benefícios sociais, que não existiam – melhorou há, porém, muitas decisões já tomadas que agravaram as situações de alguns portugueses.
Mas, principalmente, o que mais vai custando é verificar que, nas políticas usadas, não se tem tido em consideração geralmente o respeito e a dignificação da pessoa, só interessando infelizmente, o dinheiro, o que poderá poupar-se.
O neo-liberalismo abunda em toda a parte...
E quem vai aproveitando com tudo isto que causa natural desilusão é a direita!
É ela que já fala cada vez mais nos “ mártires” que agora vão aparecendo.
Porém, a esperança deve ser a última atitude a desaparecer, não é assim?!

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