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segunda-feira, julho 23, 2007

 

A democracia e o medo

Já vai havendo quem se queixe que em alguns departamentos, principalmente oficiais se vive um certo ambiente de medo e de desconfiança.
Evitam-se as críticas e não se exprime livremente o que se pensa quanto às políticas adoptadas e quanto até ao procedimento das chefias.
Com razão nalguns casos, pois abunda em toda a parte quem, para subir, não se importe de “ bufar” o que os seus superiores gostam de saber.
Mas, ao procurar controlar quem participa numa greve dá-se um mau exemplo.
Esquece-se facilmente que a greve é um direito que ainda está consagrado constitucionalmente e que não deve ser reprimida por qualquer maneira.
Hoje, vive-se, na verdade, com medo, o que não é próprio de uma democracia.
Esta existe precisamente para se evitar o autoritarismo e combatê-lo se for necessário; a democracia existe para se viver em liberdade e sem receio de manifestar o seu pensamento ou ideologia.
Na democracia são elementos indesejáveis o clientelismo partidário ou o amiguismo, a perseguição a quem tem ideias diferentes, a violação dos direitos fundamentais do cidadão, a negação e repressão de reivindicações que são tidas como justas por certos sectores sociais, o abuso do poder, a ilegalidade.
A democracia precisa de se aperfeiçoar cada vez mais e não é com atitudes de prepotência, vindas de onde vierem, que tal se consegue.
Não há muito, um Tribunal decidiu autorizar uma manifestação de protesto que tinha sido superiormente proibida.
E também ainda não há muito, um professor foi destituído do cargo que ocupava por expressar o que pensava quanto a uma política seguida no respectivo Ministério.
Não pode ser, há que saber cumprir as regras da democracia, entre as quais está a liberdade de pensamento e de se expressar.

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