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segunda-feira, agosto 06, 2007

 

Pelo hospital

A situação dos enfermeiros ( cerca de 30) que estão com vínculos temporários está a causar um mau ambiente entre esses enfermeiros, representados pelo seu Sindicato, e a Administração.
Porquê?
Porque o Sindicato acusa-a de se recusar ao diálogo para se discutir tal questão, tentando-se dar-lhe a solução que se impõe.
Feitos vários pedidos para se realizarem reuniões entre as duas partes, elas têm sido recusadas pela Administração.
E o mau ambiente vai-se adensando, quando, como diz o povo, “ a falar é que a gente se entende”!
Já não se compreendem e não se aceitam posições de intolerância e de prepotência, antes o diálogo é que deve ser usado em conflitos sociais ou laborais.

Comments:
Acerca de um dos casos, que se pode generalizar sem receio de grande injustiça, escrevi o post "A A14 e os incentivos à natalidade: Não. Não vou fazer outra vez o choradinho dos nascimentos nas estradas. Acontece, sempre aconteceu e não há modo de impedir que aconteça.
Vou contar a história de uma jovem enfermeira, vamos chamar-lhe A14 porque a A17 ainda não está acabada, a trabalhar a contratos a termo certo num hospital, há cerca de dois anos e meio.
Esteve sempre num serviço onde trata com a maior dedicação de equipamentos extremamente sensíveis, no valor de vários milhares de euros, cujas avarias custam, no mínimo, 3 mil euros.
À custa dela, sempre procurou melhorar os conhecimentos relacionados com o serviço e os seus equipamentos, frequentando, a seu encargo, todas as formações e congressos possíveis.
Na sua condição de contratada a prazo, chegou a ser obrigada, com ameaças de não renovação do contrato, a trabalhar muito para além do horário normal, só porque era o horário possível para o médico com quem trabalhava.
Todo este interesse e dedicação teve a contrapartida normal na Administração Pública actual: FOI DESPEDIDA!
Perdão. Não foi despedida porque não tinha vínculo ao hospital. A verdade é que não lhe foi renovado o contrato com o argumento, publicado num jornal lá da terra, de que nenhum contratado a termo certo pode fazer 3 anos de contrato.
Se fizesse, tinham de a contratar sem termo...
Ah! Parece que também não tem cartão partidário...
Para além da estupidez de se perder todo o "know how" adquirido ao longo deste tempo e da dificuldade de transmitir esse conhecimento a uma nova pessoa, com possíveis repercussões no estado dos equipamentos, temos uma flagrante contradição com as apregoadas boas intenções do sr. Primeiro-Ministro.
Então prometem-se incentivos à natalidade, com aumentos de subsídios, e nega-se a segurança de emprego essencial a quem queira ter filhos?
É que, sem segurança no emprego, só um irresponsável se arrisca a ter filhos.
E a qualidade de "irresponsável" deve aplicar-se aos juizes (é da Constituição), mas nunca aos enfermeiros.
Claro que esta história é um "mix" de vários casos de que vou tendo conhecimento".
É um exemplo evidente do que se passa.
 
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