quinta-feira, outubro 11, 2007
Censurável procedimento
Na última sessão das Tertúlias do Casino, em que o convidado foi o Dr. Manuel Alegre notou-se uma quase ausência total de elementos do PS local, mesmo dos mais responsáveis, o que logo se estranhou!
Terá essa ausência resultado de uma acção concertada, talvez como reacção ainda ao facto daquele político e fundador do partido socialista ter tomado a posição que tomou nas eleições presidenciais e de se mostrar crítico quanto a certas medidas do governo?!
Uma coisa é certa: isso não poderia bastar para apagar de memória de alguns todo um passado repleto de bons exemplos de democrata, de civismo e de um autêntico homem de esquerda.
O currículo político de Manuel Alegre é, como se sabe brilhante. Ele foi um opositor indefectível e corajoso ao regime ditatorial (o que chegou a valer-lhe o exílio), foi valioso participante em várias acções posteriores à Revolução de Abril, foi deputado respeitado e governante honesto e competente, foi um dos mais dinâmicos obreiros da consolidação do regime democrático, é incontestável valor no panorama intelectual do nosso país como consagrado poeta e distinto jornalista e escritor.
Como podem os socialistas com azedume (digamos apenas assim) uma figura de proa do seu partido?!
É, realmente, muito censurável que se tente “ pôr na prateleira” alguém como Manuel Alegre.
Não indo ouvi-lo ao Casino quem perdeu foram, aliás, os que se decidiram por não estarem presentes...
Talvez aprendessem alguma coisa sobre como deve ser feita a política, sobre os princípios e valores democráticos tão em crise, sobre a coerência e o carácter de um homem da esquerda democrática.
Era bom e justo que esta “ nova vaga” de responsáveis do PS fosse ao menos grata para com quem e durante uma vida deu ao partido o melhor de si mesmo, sofrendo perseguições, prisão, violência.
E que se soubesse o que é a gratidão e humildade, reconhecendo o mérito de quem o tem em abundância, o que faltará, decerto, a muitos outros.
Terá essa ausência resultado de uma acção concertada, talvez como reacção ainda ao facto daquele político e fundador do partido socialista ter tomado a posição que tomou nas eleições presidenciais e de se mostrar crítico quanto a certas medidas do governo?!
Uma coisa é certa: isso não poderia bastar para apagar de memória de alguns todo um passado repleto de bons exemplos de democrata, de civismo e de um autêntico homem de esquerda.
O currículo político de Manuel Alegre é, como se sabe brilhante. Ele foi um opositor indefectível e corajoso ao regime ditatorial (o que chegou a valer-lhe o exílio), foi valioso participante em várias acções posteriores à Revolução de Abril, foi deputado respeitado e governante honesto e competente, foi um dos mais dinâmicos obreiros da consolidação do regime democrático, é incontestável valor no panorama intelectual do nosso país como consagrado poeta e distinto jornalista e escritor.
Como podem os socialistas com azedume (digamos apenas assim) uma figura de proa do seu partido?!
É, realmente, muito censurável que se tente “ pôr na prateleira” alguém como Manuel Alegre.
Não indo ouvi-lo ao Casino quem perdeu foram, aliás, os que se decidiram por não estarem presentes...
Talvez aprendessem alguma coisa sobre como deve ser feita a política, sobre os princípios e valores democráticos tão em crise, sobre a coerência e o carácter de um homem da esquerda democrática.
Era bom e justo que esta “ nova vaga” de responsáveis do PS fosse ao menos grata para com quem e durante uma vida deu ao partido o melhor de si mesmo, sofrendo perseguições, prisão, violência.
E que se soubesse o que é a gratidão e humildade, reconhecendo o mérito de quem o tem em abundância, o que faltará, decerto, a muitos outros.
