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quarta-feira, novembro 21, 2007

 

O caso da pequena Esmeralda

O Tribunal da relação de Coimbra decidiu, agora, que aquela criança deverá ser entregue, em 26 de Dezembro, ao pai biológico pelos pais afectivos.
Vários pedopsiquiatras já se pronunciaram no sentido de que a menor poderá sofrer, com essa decisão, traumas irreparáveis. Nos processos de regulação do poder paternal o que mais importa é o interesse dos menores e não dar satisfação ao que pretendem os pais.
Quando o pai da Esmeralda nunca se interessou por ela durante anos, quando a menor recebeu do casal que a acolheu, lhe deu carinho e prestou os melhores cuidados, está a adivinhar-se qual vai ser a reacção da criança a partir de ser retirada da companhia de quem sempre a tratou bem com muito amor.
Dizem os médicos psiquiatras e outros técnicos (psicólogos, assistentes sociais, etc) que uma desvinculação abrupta da Esmeralda dos pais afectivos, que sempre considerou como seus verdadeiros pais, privá-la do ambiente são em que tem vivido e crescido, vai, decerto, marcar profundamente a menor, o que dificilmente poderá levá-la a aceitar o pai biológico e o meio em que ele vive (com ele não vive sequer a mãe biológica da Esmeralda).
Quer-nos parecer, pois, que a decisão daquele referido Tribunal não é de molde a ter em boa conta e em primeira linha o interesse da Esmeralda.
Custa dizer o povo, que é sábio: mais importante que pôr no mundo uma criança é cuidar dela, assisti-la nas suas necessidades, orientá-la e educá-la.
Haverá, talvez, quem pense que os direitos do pai biológico devem ser respeitados.
Porém mais do que esses direitos há o direito da menor que, acima de tudo, tem de ser salvaguardado.
E não foi o pai biológico que, voluntariamente, se desvinculou da relação parental quanto à filha?!

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