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segunda-feira, dezembro 10, 2007

 

A Cimeira Europa-África

Há os que dizem que esta Cimeira não trouxe nenhuns resultados práticos.
E há os que consideram um êxito o encontro entre os responsáveis políticos dos países dos dois continentes.
Uma coisa é certa: o diálogo nunca fez mal, antes é, sem dúvida, uma forma de aproximação e de discussão das questões que interessam às partes dialogantes.
Nesse sentido, pode dizer-se que, pelo menos, a Cimeira foi uma boa tentativa para que os responsáveis dos povos europeus e africanos trocassem impressões e talvez iniciassem um caminho que conduza à resolução dos problemas existentes.
Mas as questões polémicas continuam: o desrespeito das liberdades e direitos fundamentais, a grande desigualdade social, a muita debilidade económica dos países africanos, a fome e as doenças que dizimam as populações, etc.
Houve, é certo, a assinatura de alguns acordos (poucos) e protocolos pelos quais a UE auxiliará países africanos mais necessitados com milhões de euros.
Como se falou muito nas reuniões da Cimeira de cidadania, dos direitos humanos essenciais, de democracia, oxalá aqueles chefes políticos que estavam em Lisboa tenham levado consigo o desejo de porem em prática o que aqui ouviram.
Não haja, porém, ilusões: há-de demorar ainda muito tempo para que no continente africano se possa viver em regimes verdadeiramente democráticos.
Não é com Mugabe e Kadhafi e outros semelhantes que tal acontecerá tão depressa como desejável.
Um voto: que o “ espírito de Lisboa” a que Sócrates tanto se referiu com exuberante entusiasmo, não seja esquecido.

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