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sábado, dezembro 29, 2007

 

E o encerramento de Serviços de Saúde continuará em 2008!

Os protestos das populações que se vêem privadas de atendimento médico mais urgente e capaz de tratar de situações graves, têm aumentado.
E, em já muitas localidades, as manifestações contra a política do Ministério da Saúde têm trazido para as ruas centenas e mesmo milhares de pessoas.
Mais recentemente os hospitais de Ovar e Espinho encerraram os seus Serviços de Urgência e os doentes têm que percorrer vários quilómetros para rumarem a St. Maria da Feira ou a Gaia.
O Ministro Correia de Campos fez saber que reforçou com algumas ambulâncias do INEM naqueles locais, perguntando-se, porém, se em todas essas ambulâncias há médicos e enfermeiros ou se se deixa a assistência na viagem a meros auxiliares, embora com alguma formação que, segundo se diz, lhes foi ministrada.
E um administrador do hospital da Feira já disse, na televisão, que as urgências daquele hospital triplicaram o número de doentes que ali ocorrem diariamente não se dispondo de qualquer reforço de pessoal médico.
Indicou que em tais urgências são atendidas (sabe-se lá como e ao fim de muitas horas de espera!) cerca de 600 pessoas por dia!
Para além dos SAP ( Serviços de Atendimento Permanente), de várias maternidades e serviços de urgência – e foram já pelo menos três dezenas – em 2008 estão previstos mais encerramentos.
Segundo diz o Ministro tal é motivado pelo desejo de melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Mas será assim ou por mero critério economicista como já a Ordem dos Médicos acusou?!
Diga-se que os serviços de urgência de Anadia sofreram há pouco tempo obras de beneficiação, que importaram em vários milhares de euros, também serão encerrados, o que motivou ontem uma numerosa manifestação de protesto, incluindo por parte da própria autarquia.
Agora que a administração do hospital da Figueira anunciou que se procederá a obras ( não se sabe se aproveitando ou não o projecto já elaborado há anos) para dar os melhores meios para poder exercer as suas funções, oxalá que não venham a fechar também o serviço de urgência do nosso hospital!

Comments:
Cá estão exemplos de como a arrogância, a prepotência e a precipitação podem estragar políticas que, bem explicadas, bem pensadas e postas em prática com os devidos cuidados, até poderiam ser benéficas para as populações.
A política das concentrações é vantajosa, com peso e medida.
Todos sabemos que o custo por passageiro é menor num autocarro que num carro de 5 lugares. Só que o autocarro tem limitações de dimensão para ser controlável e caber na estrada.
O mesmo se passa com os serviços de saúde. Desde há décadas que se sabe que a dimensão de um hospital rentável anda entre as 300 e as 800 camas. Hospitais como os HUC, Santa Maria e S. João (mais de 1.300 camas)são aberrações económicas e funcionais banidas há muitos anos nos países que fazem contas e não constroem hospitais por pressões eleitorais.
O problema dos senhores ministros é que trabalham mais para a imagem (imposição do poder) que para o bem do povo.
 
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