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sábado, dezembro 22, 2007

 

O salário mínimo

Hoje, em entrevista televisiva, a escritora Inês Pedrosa disse ter ficado chocada ao ouvir o Primeiro-Ministro afirmar ter orgulho em poder anunciar que o salário mínimo para 2008 será aumentado para 426 euros, um aumento de 5,7% portanto superior à inflação prevista.
Aquela escritora entende que, na verdade, não é razão para o Chefe do Governo se sentir orgulhoso.
E tem razão Inês Pedrosa.
Claro que é bom poder ser aumentado o salário mínimo, mas, francamente, as famílias, por vezes numerosas, podem ganhar mais tranquilidade e conforto quando têm um rendimento apenas de 426 euros?!
Pelo que se vai dizendo oficialmente a situação financeira do país não é boa, havendo ainda uma crise que não se resolverá tão cedo.
Porém, o que não pode deixar de impressionar é verificar-se que há sectores do Estado em que os dirigentes ganham milhares de euros por mês...
E há até administradores de empresas públicas também principescamente pagos!
Inês Pedrosa referiu que, por exemplo, o Governador do banco de Portugal aufere uma remuneração mensal muito superior à que ganha o Governador do Banco Central da Noruega!
Ora, são situações como essa que chocam muito, que causam natural indignação, não podendo levar a uma indiferença perante as desigualdades sociais que não deixam de agravar-se.
É imperiosos e urgente que se tomem medidas, que têm que ser corajosas no sentido de se acabar com tão grande fosso quanto a remunerações.
Evidentemente que terá que haver sempre diferenças, consoante as funções que se exercem, mas o que não deverá haver é diferenças escandalosas.

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