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terça-feira, dezembro 04, 2007

 

Velhos

Há quem diga que a velhice tem os seus encantos. Isso será assim quando nessa fase da vida os idosos, mesmo com razoáveis recursos económicos não deixam de ter saúde e podem usufruir da afectividade e do apoio por parte sobretudo dos seus familiares mais chegados.
Mas já não haverá encanto algum se estes revelam, a todo o momento, impaciência, irritação, indiferença, intolerância, tratando os seus velhos familiares como se fossem apenas empecilhos!
Ainda há poucos dias ouvimos um filho dizer do seu pai já de provecta idade “ era altura de ele ir andando”!
Ou então também já ouvimos, noutra ocasião, alguém dizer que “ vivendo muito os pais gastam o que deviam deixar aos filhos”, como se fosse obrigatório eles deixarem quaisquer bens materiais.
Esses, que assim pensam e se comportam, esquecem com lamentável facilidade o muito que os pais lhe deram durante a vida, quer materialmente quer em amor e assistência dedicada.
Esses são apenas interesseiros, egoístas, gananciosos.
Os velhos que têm de sofrer ingratidão não podem sentir qualquer prazer em viver...
Sentem, sim, tristeza, mesmo desgosto profundo, chegando a desejar que depressa chegue a morte, para que não provoquem mais mal-estar nos que lhes são próximos.
Claro que nem sempre assim sucede, há felizmente filhos que dão a seus velhos pais muita dedicação, muito carinho, ajudando-os quanto ao que é necessário e procurando proporcionar-lhes um fim de vida tanto quanto possível, feliz, tranquilo.
Mas nos tempos presentes, é muito o egoísmo, o individualismo, o menosprezo pelos valores morais.
E são lamentavelmente de esperar atitudes intolerantes, incorrectas em relação aos velhos, sejam ou não familiares.
São considerados como produtos cujo prazo de validade já passou!

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