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quarta-feira, janeiro 02, 2008

 

A mensagem do Presidente; sim, mas!...

No habitual discurso de Ano Novo, o Presidente da República disse sim a algumas acções positivas do governo, em 2007, mas mostrou-se insatisfeito com os resultados da economia, educação, justiça e saúde.
Fez, como era de prever, um elogio à Presidência do Conselho da Europa, em que os nossos responsáveis políticos se portaram com nível elevado, merecendo o aplauso unânime de todos os países da UE.
Não disse, porém, nada sobre o Tratado de Lisboa nem quanto à forma da sua ratificação, o que se compreende nesta altura.
Referiu-se também às reformas aprovadas no sector da justiça, embora o funcionamento do sistema judiciário continue a ser, como disse “ um obstáculo ao progresso económico e social do país”, porque, na verdade, a justiça permanece demorada e cara.
Apelou a um mais efectivo e profundo diálogo entre os agentes políticos e os poderes públicos com os parceiros sociais, como forma de conseguir o necessário combate ao desemprego, cuja taxa é deveras preocupante.
Quanto à saúde admitiu que os portugueses continuam a compreender os objectivos do que se está a passar com as políticas adoptadas, aceitando que os utentes dos cuidados de saúde têm o direito a ser ouvidos e esclarecidos quanto às respectivas alterações.
Atacou, ainda, o problema da injustiça social e das desigualdades que têm vindo a agravar-se, questionando-se sobre a legitimidade dos altos rendimentos de gestores em comparação com os baixos salários dos trabalhadores.
Relativamente à educação, ressaltou que, na verdade, há mais estudantes em todos os graus de ensino, mas não deve esquecer-se o respeito de certos valores como o prestígio e a autoridade dos professores e a chamada doutros agentes que podem e devem colaborar com a escola.
Enfim, não há dúvida que a mensagem de Cavaco Silva foi equilibrada, não sendo demasiadamente optimista e contrastando com a do Primeiro-Ministro que, no seu discurso de Natal, pintou de cor-de-rosa o país e disse orgulhosamente que 2007 foi um ano de resultados visíveis.
Porém, o Presidente acabou com palavras de esperança quanto à vontade e capacidade dos portugueses em vencerem a crise e quanto à melhoria do futuro do país.
Que assim seja!

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