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segunda-feira, janeiro 14, 2008

 

A renovação nos partidos políticos

A democracia assenta a sua principal sustentação, mesmo a sua sobrevivência, nos partidos, através dos quais se poderá conseguir a alternância do poder e a existência de vários programas de acção em ordem a que, por caminhos diferentes, se possa escolher e alcançar as soluções para uma melhor qualidade de vida e de bem-estar dos cidadãos. Mas, por vezes, circunstâncias imperiosas exteriores aos partidos levam-nos a afastarem-se, na prática, dos seus programas, silenciando os seus ideais, as suas matrizes fundamentais, preferindo adoptar medidas que tentem resolver, embora pragmaticamente, as questões que forem surgindo.
Outras vezes, porém, é no próprio interior dos partidos que aparecem responsáveis que esquecem ou abdicam dos princípios básicos que, um dia, justificaram a sua adesão partidária.
Ora, o que é preciso é que nos partidos haja sempre quem defenda o propósito da coerência, da honestidade política, da sua identidade própria. Isto, claro, se ainda se acreditar no que o partido propõe, nas suas bases programáticas, para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária com mais igualdade, mais desenvolvimento e prosperidade.
A esses, que acreditam na filosofia e ideal que caracterizam o partido, compete, sempre que necessário, manifestar-se contra os que não são fiéis à doutrina partidária, devendo, contudo, tentar apesar de tudo levá-los a reconhecer o seu erro.
É preciso que os partidos não se fechem sobre si mesmos, agindo apenas nos períodos eleitorais em que se vêem obrigados a procurar uma maior proximidade com as populações.
Antes, os partidos devem ser, quanto a nós, importantes e dinâmicos pólos de pedagogia política e, para isso, devem promover, com frequência, acções que chamem e congreguem os seus apoiantes.
Embora o fim principal dos partidos seja o poder, é verdade também que neles se impõe preparar os que, um dia, podem ser mobilizados para o exercerem. Quer dizer que a cultura política, o conhecimento real do país e dos seus principais problemas, o cuidadoso estudo das melhores soluções devem estar sempre na ordem do dia da acção partidária.
Tal impõe o propósito firme para que haja sempre uma constante renovação dentro dos partidos, quer quanto a responsáveis quer quanto a acções, para ser possível a defesa da pureza e aprofundamento dos seus princípios e matrizes essenciais.

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