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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

 

Azedou-se o ambiente no Parlamento

Hoje, Sócrates e Paulo Portas, nas suas intervenções na Assembleia da República, foram pródigos em mostrar muita irritação e por vezes usando de linguagem pouco própria de responsáveis políticos.
Ao ouvi-los quase lembrámos o tempo da Assembleia Constituinte, em que, diariamente, se azedava o ambiente naquele órgão de soberania.
Só que, então, os partidos estavam mais estremados nas suas posições políticas, havia mais fidelidade a ideais, convicções e programas de acção.
E, claro, também nessa altura se tinha saído “ da lei da rolha” e se iniciava um período de liberdade (nem sempre bem entendida) e se pretendia construir uma democracia que os constituintes queriam moldar de acordo com as posições políticas que defendiam.
Os insultos eram constantes, os radicalismos muito frequentes e quando faltavam os bons argumentos caía-se nas acusações pessoais...
Porém, agora, passados mais de trinta anos, com a instituição sólida da democracia, há, na verdade, que não misturar “ alhos com bugalhos”, dando, sim, a primazia à discussão educada, tolerante e respeitosa.
É difícil?
Por vezes é, mas impõe-se se se quiser dar o exemplo de um comportamento de que se diz e quer ser participante duma autêntica democracia.
Criticar, censurar com mais ou menos veemência, mas sem chispar ódio é legítimo, já não o é quando se optar por uma linguagem imprópria, fazendo valer apenas certas circunstâncias de natureza pessoal.
Há que saber fazer a luta política com coragem mas com elevação.
Procedendo assim, ganha-se prestígio e maior aceitação.

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