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terça-feira, abril 15, 2008

 

Até quando?!

As últimas declarações de Alberto João Jardim acerca da visita do Presidente da República à Madeira, achando bem que este não fosse recebido em sessão solene na Assembleia Legislativa Regional para que não conhecesse um “ bando de loucos” que naquele órgão têm assento, foram muito graves.
Isso e mais outros insultos que se permitiu fazer a respeito de quem foi eleito legitimamente pelo povo madeirense para o mais importante órgão democrático daquele arquipélago merece, sem dúvida, a maior repulsa por parte dos que vivem a democracia como ela deve ser vivida: com respeito, com tolerância, com civismo, com humildade, com estrita observância dos princípios e valores democráticos.
Mas a atitude altamente reprovável do sr. Jardim merece também que Cavaco Silva tome uma posição clara quanto ao que aquele sr. se atreveu a dizer.
Não basta que o Presidente da República tenha mandado “ recados” como aconteceu no discurso ontem proferido num jantar que decorreu na Assembleia Regional.
É que quem ofende, a torto e a direito, as instituições democráticas, os órgãos de soberania e as regras em que assenta o nosso actual regime político tem que ser penalizado, quanto mais não seja por uma severa censura pública.
Mesmo que Cavaco Silva soubesse de antemão que não iria ser recebido em sessão solene na Assembleia Legislativa Regional, aceitando essa decisão, nunca o sr. Jardim tinha o direito de injuriar gravemente, como fez, deputados representantes do povo naquela Assembleia.
O sr. Jardim não só exerceu pressão sobre os deputados do PSD em maioria naquele órgão para que não se realizasse a sessão solene, como ainda se atreveu a comportar-se publicamente como alguém que não tem limites nos seus ataques ferozes aos que não estão com ele e têm a coragem de o combater.
No fundo, Jardim teve decerto o receio de os representantes da oposição levarem à sessão solene as suas críticas às políticas que há 30 anos vêm sendo implementadas na Madeira.
Jardim ofendeu muito reprovavelmente os que representam uma parte do povo madeirense e ofendeu o próprio Presidente da República não deixando que fosse recebido com o respeito devido ao Supremo magistrado da Nação.
Até quando, na verdade, aquele sr. se reconhece como não sendo dono da Madeira e muito menos do país?!

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