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quinta-feira, abril 17, 2008

 

O valor das manifestações populares

Quem será capaz de dizer, agora, que a grande marcha dos professores, em que participaram 100 mil não teve consequências a nível do governo?
Foi, embora alguns digam que não, um passo importante para que a Ministra da Educação se sentasse, ela mesmo e não os seus Secretários de Estado, à mesa das negociações com os sindicatos.
A sistemática recusa arrogante da governante transformou-se em disponibilidade para o diálogo, a sua injustificável sobranceria deu lugar à afirmação de boa vontade para ouvir os representantes dos docentes e tentar um acordo entre as posições em causa.
Tal acordo surgiu e, pelo menos em parte, as reivindicações dos sindicatos tiveram algum ganho.
Não foi, claro, o fim de uma guerra vitoriosa, mas, sim, a fixação de um período de tréguas, fim do qual os sindicatos já anunciaram que iam continuar a lutar pelo que consideram ser mais justo para os professores.
E até quanto a isso a Ministra já se mostrou pronta a continuar o diálogo!
Há, na verdade, ainda vários pontos relativamente às medidas que o Ministério quer implementar que precisam de ser analisados com o devido cuidado para que também, se chegue a um entendimento.
É o caso do modelo de gestão nas escolas, o estatuto do professor e do aluno, os parâmetros da avaliação, as condições para a progressão na carreira, etc.
Há, que aguardar pela segunda fase das negociações, já admitida para se concluir da boa fé com que a Ministra se dispõe ao diálogo.
Mas, pergunta-se: por que é que logo de início se fechou a porta a esse diálogo? Por que se decidiu de costas voltadas para os professores, principais interessados?

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