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terça-feira, maio 27, 2008

 

O social na política

Nesta época, cada vez mais a economia domina a política; o importante para alguns responsáveis políticos é a solução pragmática, conjuntural dos problemas; e desprezam-se com frequência os princípios e valores que podem e devem servir de suporte a uma visão e noção completas, realistas das situações que reclamam a adopção de um programa de acção global e de medidas estruturais que contribuam para uma melhor qualidade de vida.
Está certo que os governantes tenham o propósito de agir no sentido de melhorar os interesses materiais dos governados, proporcionando-lhes prosperidade, um efectivo bem-estar.
Só que nunca se deve deixar de imprimir à acção governativa um cunho social, o que é tanto ou mais importante do que arrecadar impostos, ter a obsessão de equilibrar as finanças públicas, obedecer cegamente às exigências da UE.
Num país, como o nosso, em que há já muita miséria e mesmo fome, em que há muitas famílias em que se toma apenas uma refeição diária, quando se toma, em que aumenta significativamente o número dos que procuram ajuda junto das instituições e dos movimentos de solidariedade, será, sim, necessário que esteja sempre presente em quem detém o poder político a vertente social.
Manuel Alegra disse, há pouco, que é preciso introduzir na política a dimensão humanista.
Mário Soares, num seu recente escrito, pediu ao PS uma reflexão séria e cuidada sobre a pobreza.
Um e outro destes políticos revelaram, mais uma vez, a sua actual preocupação quanto a problemas que devem estar diariamente numa posição de destaque na acção política.

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