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quarta-feira, maio 28, 2008

 

Quadro da vida

Já não a via há muito, mas encontrei-a recentemente numa cidade perto daqui.
E impressionou-me o seu aspecto decadente: um rosto avelhentado, vestuário pobre.
Conheci-a pouco tempo depois de casar, quando já não era muito jovem.
O marido tinha uma loja de comércio bem afreguesada.
Não era, pois, de estranhar que o casal vivesse bem, com visível desafogo.
Agora, ela, que levava o filho pela mão (filho que já não era muito esperado), chorou junto de mim.
Relatou-me o desaire da vida comercial do marido e a situação de pobreza (a tal que é a mais custosa por ser envergonhada!) em que a família se encontrava.
Aquela mulher revelou mesmo um grande desespero chegando a dizer-me que sobretudo receava que o marido, naturalmente, em grande depressão, viesse a fazer uma asneira.
Pediu-me, então, que a ajudasse arranjando-lhe um emprego.
As habilitações eram poucas (apenas o 9º ano) e nunca precisara de trabalhar fora de casa, mas não se importava de fazer serviços de limpeza.
Triste vida a de muitos neste tempo, em que há tanta desigualdade e pobreza.
Uns vivem na abundância, ostentando a sua riqueza e cada vez mais aumenta ( não se sabendo muitas vezes como), outros defrontam-se com enormes dificuldades, passando mesmo fome, tendo de pedir auxílio a outros, auxílio que nem sempre acontece!

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