Lugar para Todos

Na sede nacional do PSD, mais propriamente no pátio exterior do edifício, Santana Lopes assumiu-se como candidato para disputar as eleições internas naquele partido. E foi no dia de aniversário do PSD que quis fazê-lo. O seu discurso foi mais virado para o país do que para a vida do partido, embora fizesse críticas veladas aos outros candidatos, principalmente a Manuela Ferreira Leite. Disse que em Portugal tem havido “ falta de atitude, de rumo, de ambição”, declarou-se “liberal na defesa das pessoas contra o Estado e os seus abusos” e social-democrata e reformista. Depois revelou algumas das suas ideias para melhor governar o país, relativas a medidas fiscais ( dedução de impostos e equilíbrio das contas públicas) na Saúde ( criticou o encerramento de maternidades e serviços de urgência sem que houvesse boas alternativas) no melhor funcionamento do regime e do estado de Direito, etc. Curioso o ter-se classificado como conservador nos costumes, na ética ou na religião! Santana Lopes já se manifestou modificado desde que teve de deixar o governo, dizendo-se agora mais sensato, mais reflectido... Isso, porém, não bastará para fazer esquecer a sua acção governativa que, precisamente, por falta de rumo, de soluções aceitáveis e de coerência e estabilidade de condutas políticas, foi interrompida pelo Presidente da República. E, quanto a costumes e éticas...estamos conversados!