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sábado, maio 10, 2008

 

Será tolice?!

Ainda ontem em conversa com um amigo que me conhece bem e que, segundo me disse, me lê com frequência, afirmou-me que era tolice minha continuar agarrado à ideia de não se dever prescindir de princípios e valores éticos na vida política. O mundo evoluiu, as sociedades e as solicitações são diferentes, o que mais interessa é resolver pragmaticamente os problemas urgentes, mesmo que tal não esteja em coerência estrita com as nossas convicções e formação políticas - é o que pensa aquele meu amigo. Porém, qual será o rumo estável que se pode dar na política quando bastará andar “ ao sabor dos ventos” isto é, quando o que mais importa para alguns é dar solução, caso a caso, a situações? Com isso, na vida política não haverá um fio condutor, não haverá a preocupação de se atingir uma finalidade através de um plano ou programa de acção. Estou em crer, cada vez mais, que um governo sustentado por um partido não deve abandonar a obediência às suas matrizes fundamentais, sob pena de se transformar em mera comissão de gestão, atendendo apenas ao que dia a dia vai surgindo. Acresce que apresentando-se os partidos com programas diferentes devem ser-lhes fiéis, a fim de se tornarem credíveis e respeitados. É por isso que, por vezes (muitas!), me entristeço por verificar que os partidos insistem em desvirtuar as suas matrizes. É por isso que continuarei como sempre fui, porque quero ser honesto, coerente, solidário, defensor acérrimo da justiça social, de uma democracia sempre aprofundada, de respeito pelas liberdades e direitos fundamentais. E, muito embora possa correr o risco de ser considerado tolo ou demasiadamente utópico, que será dos homens, mormente dos políticos responsáveis, se abdicarem dos seus ideais, das suas convicções.

Comments:
Diz muito bem. Se um partido concorre às eleições dentro de um determinado programa e conjunto de princípios, deve cumpri-los.
Claro que terá de haver adaptações às realidades que surgem, mas sem alienar os pricípios.
Agradeço o seu exemplo de verticalidade, que já vai sendo tão rara!
 
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