quarta-feira, julho 16, 2008
Núcleo duro de combate à crise?!
O governador do Banco de Portugal mostrou, ontem, no Parlamento, um quadro com cores muito escuras quanto à crise económico-financeira e social que já se instalou em Portugal, crise que considerou muito grave e que perdurará por tempo impossível de calcular.
Ainda há dois ou três meses alguns governantes fizeram declarações públicas no sentido de que a economia estava a recuperar, que a inflação estava dentro das previsões, que o país tinha condições para enfrentar a crise!
Mas o certo é que, agora, já ninguém pode ter dúvidas: estamos e vamos continuar a apertar muito o cinto (muitos já não conseguem apertar mais) a fazer ainda mais sacrifícios e a sentirem ainda mais pobreza e até mais fome!
Há quem defenda que as causas da crise estão no exterior, principalmente no muito elevado custo dos combustíveis e nos altos preços dos produtos alimentares.
Outros, porém, não deixando de admitir que tal poderá ter contribuído para a crise, dizem que também as políticas seguidas não têm sido as mais adequadas, sobretudo não se soube prever e prevenir, atempadamente, o futuro que se adivinhava preocupante, preferindo-se, talvez com leviandade, não se querer aceitar a realidade e tendo da situação uma visão demasiadamente optimista.
Não se encarou, efectivamente, a verdade.
Agora que a crise aí está com força não devem os Partidos acusarem-se uns aos outros sobre a responsabilidade do que se está a passar...
Devem, sim, unir esforços no combate à crise, dispondo-se a ultrapassar, temporariamente as ideologias e as suas posições políticas próprias, para melhor poderem dedicar-se à “ salvação” do interesse nacional.
E para tal por que não criar-se, em colaboração com o governo, um núcleo duro para o combate que é necessário e urgente fazer em relação à crise?!
Um núcleo duro em que entrem representantes de todos os Partidos e os mais categorizados economistas, reflectindo sobre as verdadeiras e mais relevantes causas da crise, procurando um acordo quanto às melhores medidas e soluções.
Portugal, neste momento muito difícil da sua existência, precisa, sem dúvida, do saber, da competência e da dedicação de todos os que podem ajudar a que o povo venha a ter melhores dias.
O governador do Banco de Portugal disse mesmo que esta crise poderá ser tão grave como a que se seguiu à 2ª Guerra Mundial.
Perante a situação em que estamos, não haverá razões ponderosas para os políticos, sem preconceitos sem discriminações e com humildade, se unirem e trabalharem em conjunto na procura das soluções que se impõem?
Será pedir-lhes muito?
É que se há, na verdade, causas exteriores para a crise, certo é também que internamente muito ainda se poderá fazer para, pelo menos já, suavizar as más condições em que vive a maioria dos portugueses.
O interesse colectivo deve nesta altura, sobrepor-se as quezílias, às “ guerrilhas”, às intransigências, às intolerâncias partidárias.
Ainda há dois ou três meses alguns governantes fizeram declarações públicas no sentido de que a economia estava a recuperar, que a inflação estava dentro das previsões, que o país tinha condições para enfrentar a crise!
Mas o certo é que, agora, já ninguém pode ter dúvidas: estamos e vamos continuar a apertar muito o cinto (muitos já não conseguem apertar mais) a fazer ainda mais sacrifícios e a sentirem ainda mais pobreza e até mais fome!
Há quem defenda que as causas da crise estão no exterior, principalmente no muito elevado custo dos combustíveis e nos altos preços dos produtos alimentares.
Outros, porém, não deixando de admitir que tal poderá ter contribuído para a crise, dizem que também as políticas seguidas não têm sido as mais adequadas, sobretudo não se soube prever e prevenir, atempadamente, o futuro que se adivinhava preocupante, preferindo-se, talvez com leviandade, não se querer aceitar a realidade e tendo da situação uma visão demasiadamente optimista.
Não se encarou, efectivamente, a verdade.
Agora que a crise aí está com força não devem os Partidos acusarem-se uns aos outros sobre a responsabilidade do que se está a passar...
Devem, sim, unir esforços no combate à crise, dispondo-se a ultrapassar, temporariamente as ideologias e as suas posições políticas próprias, para melhor poderem dedicar-se à “ salvação” do interesse nacional.
E para tal por que não criar-se, em colaboração com o governo, um núcleo duro para o combate que é necessário e urgente fazer em relação à crise?!
Um núcleo duro em que entrem representantes de todos os Partidos e os mais categorizados economistas, reflectindo sobre as verdadeiras e mais relevantes causas da crise, procurando um acordo quanto às melhores medidas e soluções.
Portugal, neste momento muito difícil da sua existência, precisa, sem dúvida, do saber, da competência e da dedicação de todos os que podem ajudar a que o povo venha a ter melhores dias.
O governador do Banco de Portugal disse mesmo que esta crise poderá ser tão grave como a que se seguiu à 2ª Guerra Mundial.
Perante a situação em que estamos, não haverá razões ponderosas para os políticos, sem preconceitos sem discriminações e com humildade, se unirem e trabalharem em conjunto na procura das soluções que se impõem?
Será pedir-lhes muito?
É que se há, na verdade, causas exteriores para a crise, certo é também que internamente muito ainda se poderá fazer para, pelo menos já, suavizar as más condições em que vive a maioria dos portugueses.
O interesse colectivo deve nesta altura, sobrepor-se as quezílias, às “ guerrilhas”, às intransigências, às intolerâncias partidárias.