domingo, julho 13, 2008
O estado da Nação
O debate sobre o estado da Nação realizou-se na passada quinta-feira na Assembleia da República. Eis algumas breves notas da nossa apreciação a respeito do que ouvimos pela transmissão televisiva:
- José Sócrates: como já lhe é habitual, teve intervenções próprias de um bom tribuno parlamentar e, substancialmente, apresentou novas medidas de combate à crise ( aumento da acção social nas escolas, facilidades quanto ao apagamento de juros e impostos no crédito à habitação, imposto especial de 25% sobre os lucros especulativos sobre as reservas das petrolíferas, redução dos máximos do IMI e aumento das isenções). O Primeiro-Ministro esteve bem no confronto com Paulo Rangel, novo líder parlamentar do PSD, mas foi demasiadamente agressivo em relação a Francisco Louçã e na crítica ao PCP que, mais uma vez, considerou o Partido Conservador igual há 30 anos.
Sócrates fez, quanto a nós, demasiadas referências à herança de governos anteriores.
Nos jornais disse-se que, afinal feitas bem as contas, as medidas que Sócrates apresentou dão, afinal, 20 milhões de euros de ganho aos cofres públicos. Logo houve quem fizesse tais contas.
- Paulo Rangel: sem os dotes de tribuno semelhantes aos de Santana Lopes, mas falando com mais consistência teve uma postura correcta, foi sereno e claro, repetindo, porém, o que a líder do PSD vem dizendo desde que tomou conta do Partido. De realçar que, pelo que se viu, o grupo parlamentar social-democrata é “ turbulento” quando Sócrates ou outro socialista fazem intervenções. Com atitudes barulhentas e gesticulações exageradas nada de útil resulta, pelo contrário! A estreia de Paulo Rangel como líder parlamentar foi modesta.
De estranhar a ausência de Santana Lopes e de alguns dos seus apaniguados!...
- Paulo Portas: esteve igual a si mesmo. É um bom orador e o último discurso que fez na reunião de quinta-feira, além de correcto na forma, revelou um grande trabalho na recolha de muitas afirmações de Sócrates e de Teixeira dos Santos, confrontando-os com as suas actuais posições. Fez uma apreciação muito negativa, claro, do Primeiro-Ministro e de vários Ministros (aliás poucos escaparam a esse seu vigoroso ataque).
- Francisco Louçã: muito acutilante, severas censuras às políticas do governo em vários sectores, respondendo com serenidade e inteligência aos remoques extemporâneos do Primeiro-Ministro.
- Jerónimo de Sousa: intervenção sem novidades. Críticas cerradas à acção governativa, como era de esperar. Melhoria na desenvoltura do discurso e quanto aos eu conteúdo.
Para finalizar: ainda bem que o governo tem agora disponibilidades financeiras para implementar as medidas que apresentou, as quais pelo menos, poderão aliviar os muitos encargos que os portugueses vão sendo obrigados a enfrentar.
Poderá dizer-se que são medidas que, além de tardias, não resolvem os problemas de fundo, mas é melhor do que nada e é o que se pode arranjar de momento!
- José Sócrates: como já lhe é habitual, teve intervenções próprias de um bom tribuno parlamentar e, substancialmente, apresentou novas medidas de combate à crise ( aumento da acção social nas escolas, facilidades quanto ao apagamento de juros e impostos no crédito à habitação, imposto especial de 25% sobre os lucros especulativos sobre as reservas das petrolíferas, redução dos máximos do IMI e aumento das isenções). O Primeiro-Ministro esteve bem no confronto com Paulo Rangel, novo líder parlamentar do PSD, mas foi demasiadamente agressivo em relação a Francisco Louçã e na crítica ao PCP que, mais uma vez, considerou o Partido Conservador igual há 30 anos.
Sócrates fez, quanto a nós, demasiadas referências à herança de governos anteriores.
Nos jornais disse-se que, afinal feitas bem as contas, as medidas que Sócrates apresentou dão, afinal, 20 milhões de euros de ganho aos cofres públicos. Logo houve quem fizesse tais contas.
- Paulo Rangel: sem os dotes de tribuno semelhantes aos de Santana Lopes, mas falando com mais consistência teve uma postura correcta, foi sereno e claro, repetindo, porém, o que a líder do PSD vem dizendo desde que tomou conta do Partido. De realçar que, pelo que se viu, o grupo parlamentar social-democrata é “ turbulento” quando Sócrates ou outro socialista fazem intervenções. Com atitudes barulhentas e gesticulações exageradas nada de útil resulta, pelo contrário! A estreia de Paulo Rangel como líder parlamentar foi modesta.
De estranhar a ausência de Santana Lopes e de alguns dos seus apaniguados!...
- Paulo Portas: esteve igual a si mesmo. É um bom orador e o último discurso que fez na reunião de quinta-feira, além de correcto na forma, revelou um grande trabalho na recolha de muitas afirmações de Sócrates e de Teixeira dos Santos, confrontando-os com as suas actuais posições. Fez uma apreciação muito negativa, claro, do Primeiro-Ministro e de vários Ministros (aliás poucos escaparam a esse seu vigoroso ataque).
- Francisco Louçã: muito acutilante, severas censuras às políticas do governo em vários sectores, respondendo com serenidade e inteligência aos remoques extemporâneos do Primeiro-Ministro.
- Jerónimo de Sousa: intervenção sem novidades. Críticas cerradas à acção governativa, como era de esperar. Melhoria na desenvoltura do discurso e quanto aos eu conteúdo.
Para finalizar: ainda bem que o governo tem agora disponibilidades financeiras para implementar as medidas que apresentou, as quais pelo menos, poderão aliviar os muitos encargos que os portugueses vão sendo obrigados a enfrentar.
Poderá dizer-se que são medidas que, além de tardias, não resolvem os problemas de fundo, mas é melhor do que nada e é o que se pode arranjar de momento!
Comments:
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Não posso comentar em tom profundo no que tange a reunião ocorrida em Lisboa, pois vivo no Brasil e tenho pouco contato com pessoas em Lisboa. Mas o meu comentário vai ser norteado no que se refere a importância do voto.
Max Weber afirmou uma vez que os elitores quando votam colocam os dedos no raio da história, porquanto decidirão acerca do futuro da nação. Caso todos possuissem essa consciência, com certeza teríamos no poder governantes mais eficazes.
Abraços
aurasacrafames.blogspot.com
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Max Weber afirmou uma vez que os elitores quando votam colocam os dedos no raio da história, porquanto decidirão acerca do futuro da nação. Caso todos possuissem essa consciência, com certeza teríamos no poder governantes mais eficazes.
Abraços
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