quinta-feira, julho 03, 2008
Sócrates na TV
O Primeiro-Ministro foi ontem entrevistado na RTP1.
E, pelo menos, revelou uma postura agradável, clareza na exposição, e até humildade ao reconhecer, por exemplo, a gravidade da actual situação económica e social do país, não o pintando de cor-de-rosa, como lhe vinha sendo habitual!
Não quis ainda classificar de crise a situação, pois, como disse, para ele crise é sinónimo de ruptura iminente, preferindo falar apenas de considerável abrandamento económico.
Mas mostrou-se optimista e confiante quanto ao futuro, apelando à boa vontade dos portugueses na colaboração que podem e devem dar para se encontrarem as melhores soluções.
Aproveitou a oportunidade para, com inteligência e frontalidade rebater o que no dia anterior também em entrevista televisiva a líder do PSD disse relativamente à sua grande preocupação quanto às numerosas e grandiosas obras públicas, cujo elevado custo não se conhece.
Sócrates lembrou que, por exemplo, o projecto TGV resultou, no tempo do governo de Durão Barroso de uma proposta conjunta de Espanha e Portugal apresentada na Comissão Europeia e por esta aprovada, sendo, segundo o Primeiro-Ministro, de grande vantagem esse meio de transporte para os interesses do nosso país.
Quanto a outras obras, como as barragens já adjudicadas são elas feitas com investimentos privados e impõem-se numa época em que é preciso encontrar alternativas à energia dependente do petróleo.
Sócrates anunciou, quanto ao futuro, embora muito sumariamente que o governo vai implementar alguns benefícios fiscais através do IRS quanto aos encargos com a habitação; irá ser também reduzido o limite máximo do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e, decerto, será criada uma taxa sobre os elevados lucros das petrolíferas, que poderá reverter a favor de políticas sociais.
O Primeiro-Ministro pouco disse, porém, quanto a um necessário e mais eficaz combate ao desemprego (no mês passado subiu) e passou ao de leve pelo instante e preocupante problema da pobreza, das desigualdades sociais.
Estranho foi que Sócrates tenha dito que não há efectivamente “ tensões sociais”. Aí continua a não querer ver a realidade!
E, como sempre, disse que pode bem com as inúmeras e muito participadas manifestações e protestos públicos, apontando, mais uma vez, o dedo acusador ao PCP como impulsionador dessas acções de rua...
Esquece-se que, dizendo isso está a dar muita força a esse Partido que, na verdade, tem conseguido mobilizar centenas de milhares de portugueses!...
Enfim, há que aguardar o discurso sobre o estado da Nação que Sócrates irá fazer dentro de dias, na Assembleia da República, esperando-se que aí ele revele uma maior profundidade e um melhor conjunto de medidas que, com urgência necessária, alivie pelo menos a situação difícil que se vive no nosso país.
E, pelo menos, revelou uma postura agradável, clareza na exposição, e até humildade ao reconhecer, por exemplo, a gravidade da actual situação económica e social do país, não o pintando de cor-de-rosa, como lhe vinha sendo habitual!
Não quis ainda classificar de crise a situação, pois, como disse, para ele crise é sinónimo de ruptura iminente, preferindo falar apenas de considerável abrandamento económico.
Mas mostrou-se optimista e confiante quanto ao futuro, apelando à boa vontade dos portugueses na colaboração que podem e devem dar para se encontrarem as melhores soluções.
Aproveitou a oportunidade para, com inteligência e frontalidade rebater o que no dia anterior também em entrevista televisiva a líder do PSD disse relativamente à sua grande preocupação quanto às numerosas e grandiosas obras públicas, cujo elevado custo não se conhece.
Sócrates lembrou que, por exemplo, o projecto TGV resultou, no tempo do governo de Durão Barroso de uma proposta conjunta de Espanha e Portugal apresentada na Comissão Europeia e por esta aprovada, sendo, segundo o Primeiro-Ministro, de grande vantagem esse meio de transporte para os interesses do nosso país.
Quanto a outras obras, como as barragens já adjudicadas são elas feitas com investimentos privados e impõem-se numa época em que é preciso encontrar alternativas à energia dependente do petróleo.
Sócrates anunciou, quanto ao futuro, embora muito sumariamente que o governo vai implementar alguns benefícios fiscais através do IRS quanto aos encargos com a habitação; irá ser também reduzido o limite máximo do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e, decerto, será criada uma taxa sobre os elevados lucros das petrolíferas, que poderá reverter a favor de políticas sociais.
O Primeiro-Ministro pouco disse, porém, quanto a um necessário e mais eficaz combate ao desemprego (no mês passado subiu) e passou ao de leve pelo instante e preocupante problema da pobreza, das desigualdades sociais.
Estranho foi que Sócrates tenha dito que não há efectivamente “ tensões sociais”. Aí continua a não querer ver a realidade!
E, como sempre, disse que pode bem com as inúmeras e muito participadas manifestações e protestos públicos, apontando, mais uma vez, o dedo acusador ao PCP como impulsionador dessas acções de rua...
Esquece-se que, dizendo isso está a dar muita força a esse Partido que, na verdade, tem conseguido mobilizar centenas de milhares de portugueses!...
Enfim, há que aguardar o discurso sobre o estado da Nação que Sócrates irá fazer dentro de dias, na Assembleia da República, esperando-se que aí ele revele uma maior profundidade e um melhor conjunto de medidas que, com urgência necessária, alivie pelo menos a situação difícil que se vive no nosso país.