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segunda-feira, novembro 10, 2008

 

Ainda a manifestação dos professores

Foram vários os professores que as televisões ouviram durante a manifestação do dia 8. E desde os mais novos aos mais velhos todos se pronunciaram em defesa da dignificação da profissão e da qualidade do ensino, que, no seu entender não têm tido bom acolhimento nas reformas do Ministério da Educação.
Impressiona, sem dúvida, ver professores de vários escalões etários dizerem convictamente que querem ser docentes e não burocratas.
Impressiona ouvir professores dizerem que amam a profissão e que querem exercê-la com dedicação, mas que, com a situação actual do sistema educativo não podem cumprir integralmente a sua missão, tantas são as solicitações burocratas impostas.
Impressiona ver um professor, que diz estar já na recta final da sua vida profissional, dizer comovidamente, mesmo com lágrimas, que não aguenta os ritmos dos trabalhos que nada têm a ver com a docência.
Esse, segundo revelou, será mais um a pedir a aposentação, mesmo com penalização, quando ele está convencido que ainda poderia dar muito ao ensino.
Perante a grandeza da manifestação, será que, na verdade, só a Ministra está certa e é a inteligente e muitos milhares de professores são “ tolos” ou avessos às mudanças por não quererem trabalhar?
A Ministra sabe, porventura, quais são as exigências para bem leccionar nas escolas básicas e secundárias?
Não, está mais do que esclarecido que os professores não estão contra a avaliação mas apenas e tão só contra este modelo, que parece que demorou dois anos a estudar mas que é manifestamente injusto.
A Federação da Associação de Pais já revelou publicamente a sua preocupação em relação ao que está a acontecer no ensino e que prejudica necessariamente os alunos. E a Federação dos Sindicatos já desmentiu a Ministra quando diz que nunca lhe foi apresentada qualquer proposta quanto a modelos de avaliação.
Aquela Federação, segundo já revelou um seu responsável, tem em seu poder um documento sobre o assunto, documento que foi oportunamente entregue em mão àquela governante.
Não será altura de levar às escolas a paz e um bom ambiente de trabalho com o qual melhor se poderá beneficiar o ensino?

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