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segunda-feira, novembro 03, 2008

 

A nacionalização do BPN

Ainda há poucos dias, o Ministro das Finanças disse em público que não tinha conhecimento de qualquer banco português estar com falta de liquidez.
Mas, ontem, mesmo ao domingo, foi anunciada por aquele Ministro a decisão do governo de nacionalizar o Banco Português de Negócios.
Desde Junho passado o governo e o Banco de Portugal, nas suas funções de supervisor das instituições bancárias, tinham tentado uma solução para a situação grave do Banco em causa.
Porém, não tendo sido obtido um resultado positivo para as várias diligências feitas no sentido de “ aguentar” a gestão normal do PPR, o governo decidiu-se, então, pela nacionalização, propondo-a ao Parlamento.
Ascendem a 2450 milhões de euros as dívidas do referido Banco e as suas perdas acumuladas montam já a 700 milhões.
Com a nacionalização pretende-se acautelar as posições dos depositantes, que, segundo disse o Ministro das Finanças, ficarão garantidos.
A gestão do BPN passará, decerto, para a CGD e para já foram nomeados dois elementos desta para a administração do BPN.
Foi garantido também por Teixeira dos Santos que esta nacionalização não significa que outras se seguirão, pois o sistema financeiro português tem boa solvabilidade.
Esperemos que sim.
Mas, uma coisa é certa: o neoliberalismo que, há anos, se instalou entre nós parece, na verdade, que apenas serviu para enriquecer alguns, que praticaram especulações financeiras, muitos e sofisticados “ truques” e até actos ilícitos.
E agora “ a batata quente” passou para as mãos do Estado ou seja de todos os contribuintes!
A economia de mercado sem regulação ou controlo foi o que deu!...
Não se dizia, há muitos anos, que alguns sectores básicos da economia deviam estar na posse ou sobre o controlo do Estado?!

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