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sexta-feira, maio 15, 2009

 

As consequências políticas

Parece que, infelizmente, poucos são capazes de retirarem de certas situações as devidas consequências políticas.
Numa época em que vários autarcas estão a ser julgados ou, pelos menos, têm já a posição de arguidos; em que sobre políticos de outro nível recaem fortes suspeitas de terem prevaricado, tudo corre bem e desempenham com a maior normalidade as suas funções…
Entendemos que, na verdade, não deve condenar-se ninguém na praça pública, terá sim, que haver uma sentença judicial condenatória, mas entendemos também que não é possível a políticos, quanto aos quais há suspeitas graves de actos ilícitos ou criminosos, exercerem convenientemente as suas funções de cabeça erguida.
Não seria mesmo necessário que fossem demitidos ou suspensos, eles próprios deviam, sim, afastar-se dos lugares políticos que exercem.
Mas, neste país, quem é apanhado a mentir num inquérito, mantém-se num dos órgãos mais altos da hierarquia do Estado; quem é acusado por seus pares de exercer sobre eles pressões de natureza política, em processos que estão a investigar, continua no seu lugar de um organismo internacional; quem “empurre” para outros quase sempre seus subordinados, a culpa na prática de actos ilícitos, vai permanecendo nas posições políticas que ocupam…
Enfim, muitos vão-se valendo do princípio da presunção de inocência!
Mas, será que tal se deva aplicar mesmo quanto a suspeitos graves que exerçam funções políticas?!
Como pode exercê-las bem quem, perante o público, se sabe que há suspeitas quanto á sua acção política?!
Claro que alguns desses suportam tudo só para continuarem a gozar, nem que seja por mais algum tempo, as regalias de uma sua situação política.
Porém, as consequências de um processo judicial não são necessariamente aquelas que politicamente devem ser tomadas em certos casos

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