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quarta-feira, julho 15, 2009

 

Assim, não!

Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, achou por bem fazer, há dias, numa declaração pública, críticas aos deputados da Comissão Parlamentar onde decorreu um inquérito sobre a supervisão do sistema bancário, que compete àquela identidade.
Nessas críticas, foi deselegante e até arrogante, acusando aqueles deputados de não terem conhecimentos técnicos para discutir o que estava em causa.
E voltou a afirmar que o Banco de Portugal cumpriu as normais regras para proceder à fiscalização das actividades do BPN.
Já no decorrer da sua inquirição, Vítor Constâncio mostrou muita irritação, dando a entender que quem o inquiria não percebia nada do que se estava a apreciar.
No entanto, os que assistiram pela televisão às várias e demoradas inquirições de pessoas (e foram muitas) ligadas ao caso BPN e também à inquirição de Vítor Constâncio, verificaram que os deputados intervenientes se comportaram de molde a mostrar conhecimento do que importava apurar, estando até de posse de documentos com relevo para o inquérito.
E a correcção que os parlamentares sempre tiveram para com Constâncio nem sempre foi por este correspondida.
Agora, com a referida declaração pública que fez, o governador do Banco de Portugal veio revelar ainda mais a arrogância que adoptou durante a sua inquirição no Parlamento.
Ora, os deputados que o interrogaram fizeram o trabalho que lhes competia, procurando averiguar quais foram os responsáveis pelas falhas na fiscalização do BPN, que levaram ao descalabro desse estabelecimento bancário.
Era-lhes devido respeito, o que nem sempre aconteceu por parte de Vítor Constâncio, que preferiu “empertigar-se”, conduzindo-se com injustificada sobranceria e mostrando-se adepto do “magister dixit”.
Assim não, senhor governador do Banco de Portugal.

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