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sábado, agosto 01, 2009

 

Ainda a ética

A ingratidão vai sendo, infelizmente, banal também na vida política. Por isso, muitas vezes, os que mais têm convicções sérias e firmes, dispondo-se a defendê-las a todo o transe, e a trabalhar com dedicação pelas melhores causas, são esquecidos.
Agora, mesmo dentro dos partidos, na azáfama em que andam para a formação das listas que hão-de concorrer às próximas eleições legislativas e autárquicas predominam, por vezes, os interesses pessoais ou outros ocultos.
E escolhem-se, então, aqueles que, um dia, mais facilmente poderão concretizá-los.
É triste ter que reconhecer que se está a abastardar a vida política!
Quase diariamente temos conhecimento de condutas ilícitas e escandalosas, que só empobrecem a democracia em que vivemos.
Por isso, parece que a época é mais dos independentes, daqueles que não se revêem na acção ou na política dos partidos.
No entanto, estes são precisos num regime democrático pluralista muito embora a democracia não se esgote neles.
Para um maior e necessário prestígio dos partidos, há que saber transmitir aos seus militantes sobretudo a ética, que tão esquecida tem andado.
A ética afasta as invejas, as maledicências, a ingratidão, o desprezo pelo valor e pelo mérito, a infidelidade aos princípios próprios de causas justas, a ambição desmedida, a desonestidade, a subserviência a pessoas e interesses duvidosos.

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