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domingo, setembro 13, 2009

 

Nada de novo no debate Manuela Ferreira Leite / José Sócrates

Quem pode dizer, com sinceridade e imparcialidade qual deles foi o vencedor?
Efectivamente embora ambos tivessem boas prestações, falando, com grande convicção dos seus programas de acção e defendendo soluções próprias para alguns dos problemas que afectam a sociedade portuguesa, o certo é que, no final, ficámos com a sensação de que o empate da última sondagem feita pela credível Universidade Católica não de desfez neste debate televisivo. Sócrates, com linguagem e postura que ultimamente lhe são habituais, quis afirmar-se como líder da esquerda moderada. E insistiu demasiadamente em posições ou meras afirmações da sua interlocutora no passado, não atendendo, como ela lhe lembrou, que as conjunturas eram diferentes, incomparáveis, e que a política não pode ser a mesma, devendo, sim, adaptar-se às circunstâncias de momento.
Manuela Ferreira Leite, sempre igual a si mesma, não abdicou um centímetro sequer das posições há muito assumidas por si. Para além das muitas acusações recíprocas e da indicação de muitas discordâncias principalmente quanto à política económica, aos apoios sociais, ao tratamento dado aos professores (e quanto a isso Sócrates não se defendeu bem, nem podia!) não há dívida que a opção a fazer nas eleições do dia 27 é entre uma direita conservadora mas democrática, representada pela líder do PSD, e uma esquerda de Sócrates que agora quer afirmar-se com mais genuinidade, abandonando políticas neoliberais que chegou a adoptar.
Claro que, a confirmar-se a sondagem referida, seja quem for o vencedor das eleições, para ser possível um governo estável será precisa a ajuda ou um entendimento de qualquer natureza por parte de um partido mais pequeno. Se assim não acontecer, então, como já analistas admitiram, novas eleições terão de ocorrer dentro de dois anos, pela impossibilidade de governação.
Uma vitória clara nestas próximas eleições é que não haverá, decerto, e muito menos uma maioria!
Mas tudo dependerá da forma como os líderes dos maiores partidos fizerem a campanha que já se iniciou hoje.
Não podemos deixar de estranhar o despedimento de todos os Ministros já feito pela televisão por Sócrates, se vier a formar governo.
Será que da actual equipa ministerial não se aproveitará ninguém, mesmo dos que foram mais chegados a Sócrates?
Se este virá a prescindir deles é porque “ falharam”, o que, naturalmente, deveria ter sido compreendido mais cedo.

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