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segunda-feira, setembro 21, 2009

 

Palavras infelizes

Lemos no site da candidatura de Duarte Silva que ele, num discurso que fez em Tavarede, disse que a lista dos “ ditos independentes” era constituída por meros oportunistas, não lhes reconhecendo qualquer valia para defender os interesses da Figueira.
Estranha-se que essas palavras tenham vindo de quem vieram pois sempre considerámos o actual líder do PSD local como uma pessoa bem-educada, sensata e respeitadora de posições diversas.
Excedeu-se, decerto, mas o que disse ficou dito e, francamente, não abona um comportamento democrático.
Será que não concorda quanto à democracia não se esgotar nos partidos?
Por que será, por todo o país, tenha havido, talvez como nunca, tantos movimentos e listas de independentes? E não é ele próprio um independente? Não reconhece Duarte Silva que os partidos, inclusivamente aquele por que concorre, não têm, com efeito, agido para cativar militantes, dando-lhes a oportunidade de uma sua séria formação política?
Antes, tem havido lutas internas, quase sempre por causa de pessoalismos, de interesses individuais, de vaidades e ambições desmedidas, de lugares políticos ou de outros rendosos?
Quem não se revê na actuação dos partidos estará impedido de fazer política quando se sente disposto a contribuir para o bem colectivo?
Enfim, chocou-nos a referida atitude de Duarte Silva até porque na luta política, como ele deve saber, deve dar-se exemplo de serenidade, tolerância e de muito respeito pelos outros, e ainda de ética que é, na verdade, a indispensável e melhor dimensão da política.

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