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segunda-feira, setembro 28, 2009

 

A surpresa nas legislativas foi o CDS/PP!

Este Partido atingiu os dois dígitos, como era uma sua antiga pretensão, obtendo 10,5% e ficando em terceiro lugar.
Portas, quer se goste dele ou não fez uma boa campanha e foi o que melhor fez oposição ao PS, não só criticando mas apontando soluções.
O BE, ao contrário do que resultava das sondagens, embora arrecadando mais meio milhão de votos, não atingiu, porém, a desejada posição de terceira força política.
O PSD, apenas com 29,1%, sofreu uma tremenda desilusão, que já está a provocar a nível do interior do Partido e principalmente por parte de vários “notáveis”, o afastamento da líder e da sua direcção.
A CDU cresceu (7,9%) mas ficou ainda aquém do que se esperava.
Sócrates sobreviveu à tempestade em que se viu envolvido, implicando-o em vários casos além de ter sido muito desgastado pelo poder, com políticas que mereceram muitos protestos, manifestações públicas e greves, pois vários grupos profissionais se sentiram injustiçados (professores, agricultores, médicos, enfermeiros, forças paramilitares, pescadores, trabalhadores por conta de outrem, etc).
Mas o Secretário-Geral do PS não hesitou, apesar de tudo, em declarar ter tido uma “extraordinária vitória”, quando afinal perdeu a maioria absoluta, perdeu 25 deputados e perdeu cerca de meio milhão de votos!
Venceu é certo, mas não deve estar contente também com o facto de ter descido de 45% para 36,6%.
Não deve satisfazê-lo, depois do que disse durante a campanha eleitoral, pois para governar agora terá que socorrer-se de outros Partidos.
A maioria à direita só é possível com o CDS ou com o PSD, e à esquerda será preciso um entendimento com o BE e a CDU.
Para que lado cairá Sócrates?!
Ele falou em querer o diálogo democrático com os Partidos com assento parlamentar, mas esse diálogo conduzirá a algo de concreto e proveitoso depois de tudo o que, de parte a parte, se disse?!
Está em causa a estabilidade da governação num período muito difícil que se enfrenta e será necessário muita humildade, tolerância e mesmo patriotismo para ser possível um entendimento entre os Partidos.
Bom será, porém, que Sócrates não se esqueça de que ultimamente e mormente durante a campanha eleitoral, se mostrou como homem de esquerda democrática, como, aliás, são as matrizes essenciais do PS.
Por fim: preocupante é a percentagem elevada da abstenção (39,4%), a maior de sempre, o que representa uma indesejável indiferença pelo futuro político do nosso país.

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