Lugar para Todos

Quem escolhe a vida política tem, necessariamente, que dispor de uma boa preparação, de uma completa cultura, de uma boa postura e presença agradável quando está em frente do público.
E tem também, que fazer discursos claros, acessíveis às pessoas de diferentes graus de instrução, revelando à vontade e correcta forma de se exprimir.
Nada dirá a quem ouve alguns políticos com intervenções “balofas”, atrapalhadas, ou com grandes intervalos de silêncio, como se estivessem à espera que do céu venha a inspiração!
O político não pode mostrar timidez, acanhamento, nem pode exprimir o seu pensamento “baralhado”!
E aqueles, que não têm o privilégio de falar de improviso, escrevam, então, o que querem transmitir e saibam ler o que escreveram.
Se nada disso acontecer, o político por maior valor intelectual que tenha e por mais boa vontade de se dispor a fazer coisas boas, acaba por falhar, por não saber cativar aqueles que o ouvem.
Há, na verdade, quem julgue que um político não precisa de ser um bom tribuno, bastando-lhe saber organizar e estar no seu gabinete a pensar e ater ideias.
Não é assim, porque o principal é conhecer bem os problemas de que tem de tratar, deslocando-se quando for necessário aos locais onde eles existam e, depois, transmitir publicamente as directrizes ou decisões que vier a tomar.