segunda-feira, março 29, 2010
O PSD tem novo presidente
Com 61,7% dos votos, Pedro Passos Coelho foi o destacado vencedor nas eleições directas para a presidência do PSD, as mais participadas de sempre. Esta vitória veio confirmar todas as sondagens que, há já muito, lhe davam a posição cimeira. Em segundo lugar ficou Paulo Rangel (34%), seguindo-se-lhe Aguiar Branco ( 3,6%) e Castanheira Barros (0,23%). Surpreendeu, talvez, alguns que Aguiar Branco recolhesse tão baixa percentagem de votos, só que ele representava a continuidade e parece que a maioria dos militantes do PSD quer romper com as posições assumidas até agora. Mas, o futuro com Passos Coelho ao leme do partido será mesmo o de uma social-democracia autêntica ou a preferência dele é a de uma via mais liberal? Estamos convencidos que sim e, então, o PSD adoptará políticas mais à direita, contrariando o ideal que aquele partido teve sempre quando era PPD, defendendo a social-democracia real. Para além de Passos Coelho ter de diligenciar, quanto antes, pela unidade do seu partido, em que há muito existem guerrilhas entre vários grupos, o novo líder do PSD terá de satisfazer a promessa feita quanto ao PEC, o qual várias vezes sofreu a sua crítica severa afirmando que o partido não o aceitará e o combaterá. Com a mudança de líder no PSD, Sócrates vai ter uma vida cada vez mais difícil como Primeiro-Ministro, podendo até serem criadas condições que podem levar à dissolução do parlamento. Embora se tenha de estranhar que o discurso de vitória proferido por Passos Coelho não fizesse referências a algumas questões relativas à grave situação actual do nosso país e à acção política do governo e do PS.
Limitou-se o líder social-democrata a dizer nesse discurso que não está disposto a andar com o governo ao colo. Se for assim, a vida política portuguesa vai, efectivamente, ser, no futuro, muito agitada com um PSD a juntar a sua voz às dos outros partidos da oposição quanto a soluções a dar a diversos problemas que existem em muitos sectores da vida nacional. Para já, o primeiro embate com Sócrates é na próxima quarta-feira no parlamento.
Limitou-se o líder social-democrata a dizer nesse discurso que não está disposto a andar com o governo ao colo. Se for assim, a vida política portuguesa vai, efectivamente, ser, no futuro, muito agitada com um PSD a juntar a sua voz às dos outros partidos da oposição quanto a soluções a dar a diversos problemas que existem em muitos sectores da vida nacional. Para já, o primeiro embate com Sócrates é na próxima quarta-feira no parlamento.