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quarta-feira, abril 14, 2010

 

O 33º Congresso do PSD

Realizou-se, em Carcavelos, no passado fim-de-semana, este Congresso do maior partido da oposição, que serviu essencialmente para a consagração de Pedro Passos Coelho como presidente e para a escolha e votação daqueles que vão ocupar os cargos directivos nacionais.
O agora líder social-democrata teve o bom senso de chamar para lugares de responsabilidade os que, recentemente, foram seus concorrentes nas eleições directas do partido, demonstrando, assim, o seu desejo de diligenciar pela coesão partidária.
E foi a unidade o principal objectivo do primeiro discurso de Passos Coelho, que assim falou para o interior do partido, sendo certo, porém, que não conseguiu evitar que aparecessem 13 listas para a comissão política nacional e 3 listas para o conselho jurisdicional.
No encerramento do Congresso Passos Coelho fez um discurso formalmente correcto e abordando problemas de natureza política, económica e social, não esquecendo o que de mal se tem feito na Educação, na Saúde, na Justiça, na Segurança.
Contudo, embora falasse com convicção, pecou por não apresentar as medidas concretas que pretende adoptar para trazer aos portugueses uma vivência mais feliz.
Ideias novas que expos: a revisão urgente da Constituição e a criação do Conselho Superior da República.
Ora, quanto à Constituição vigente, não nos parece ser preciso alterá-la, basta cumpri-la, no que contem quanto à Educação e à Saúde, e em relação a outros assuntos em que Passos Coelho tocou (tirar o Estado das empresas e dos negócios, um melhor controlo das empresas públicas, acabar com a promiscuidade que vai existindo entre ex-Ministros e entre o poder político e as empresas, evitar as nomeações feitas pelo Estado para os grandes grupos económicos, modificar a lei eleitoral para ser possível uma maior aproximação entre eleitores e eleitos) não será preciso mexer na Constituição.
A não ser que o PSD queira alterar substancialmente a Constituição económica, atendendo apenas aos princípios neo-liberais.
Passos Coelho, porém, não deixou de surpreender alguns quando se referiu à ideologia do PSD não se esquecendo de falar nas matrizes próprias de uma autêntica social-democracia.
Só que também anunciou que o programa do partido vai ser revisto, não indicando em que sentido…
Enfim, faltou, quanto a nós, clareza relativamente às intenções com que ele quer dar novo rumo ao PSD e à política no país.
E a um político não basta ser bom tribuno, é preciso muito mais.
Relativamente ao Conselho Superior da República ficou-se sem saber em concreto quais as suas funções, a não ser a da avaliação dos nomeados para cargos públicos.
Os analistas políticos muito terão a dizer sobre as posições assumidas pelo actual líder do PSD.

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