quinta-feira, maio 20, 2010
Agradeçam à crise!
O Presidente da República, mesmo contra a sua convicção pessoal, promulgou a lei que permite “ o casamento entre pessoas do mesmo sexo”
E explicou que não quis usar do veto porque o resultado prático seria o mesmo do que foi a votação no parlamento e também porque não queria que uma nova discussão dessa lei desviasse a atenção dos políticos da situação desastrosa do nosso país, que urge combater.
Enfim, alguém já ganhou com a crise!
Mas já ouvimos um deputado dizer que a promulgação da referida lei foi um acontecimento “ histórico”.
Mal estávamos se a história do nosso país fosse feita com factos dessa natureza!
Factos que vão necessariamente provocar fracturas na nossa sociedade, ficando-se sem saber se a maior parte dos portugueses aceitam “ os casamentos” entre homossexuais, sabe-se, sim, que uma maioria parlamentar votou favoravelmente a lei.
E o Tribunal Constitucional não achou qualquer inconstitucionalidade no diploma que foi sujeito à sua apreciação.
É claro que pode admitir-se que haja a liberdade de adoptar a tendência sexual que se entender, pode admitir-se que haja uniões de facto entre homossexuais, pode admitir-se que a essas uniões se atribuam certos direitos.
Porém, institucionalizar essas uniões dando-lhes a qualidade de “ casamentos”, isso é diferente e pode ter consequências sociais graves.
Para muitos portugueses terá sido, sim, um retrocesso absolutamente dispensável no regime em que vivemos, em que se devem respeitar certos valores morais e costumes sociais.