segunda-feira, agosto 30, 2010
Adeus, Luciano
Ao fim de muitos anos de doença, morreu ontem o meu muito Amigo João Luciano Monteiro.
Embora já há muito sem esperança de uma sua recuperação, a infausta notícia da sua morte não amenizou a grande tristeza que senti e sentirei sempre.
Desde a nossa juventude que éramos dedicados Amigos, quer no ensino secundário quer, depois, na universidade de Coimbra, onde seguimos cursos diferentes.
Encontrámo-nos também na mesma barricada política, assumindo posições por vezes bem difíceis na luta contra a ditadura que governou este país durante cerca de meio século.
Fomos ainda companheiros rotários e em Mafra, na Escola Prática de Infantaria, fizemos o curso de oficiais milicianos, sendo colocados depois, por determinação da polícia política, ele em Faro e eu em Lagos.
A amizade profunda que nos uniu desde novos manteve-se, sem o mais pequeno incidente, durante todas as nossas longas vidas.
E quem podia deixar de ser amigo do Luciano, homem estruturalmente bondoso, simples, generoso, tolerante irradiando simpatia, sempre pronto a auxiliar discretamente os mais carenciados.
A morte não apagará nunca da minha memória, o grande e indefectível Amigo, que agora nos deixou.
Cumprimento sentidamente os seus Filhos, aos quais foi deixado um legado de capital de vida moral muito valioso e que eles saberão sempre respeitar.
Adeus, Luciano, até qualquer dia!
Embora já há muito sem esperança de uma sua recuperação, a infausta notícia da sua morte não amenizou a grande tristeza que senti e sentirei sempre.
Desde a nossa juventude que éramos dedicados Amigos, quer no ensino secundário quer, depois, na universidade de Coimbra, onde seguimos cursos diferentes.
Encontrámo-nos também na mesma barricada política, assumindo posições por vezes bem difíceis na luta contra a ditadura que governou este país durante cerca de meio século.
Fomos ainda companheiros rotários e em Mafra, na Escola Prática de Infantaria, fizemos o curso de oficiais milicianos, sendo colocados depois, por determinação da polícia política, ele em Faro e eu em Lagos.
A amizade profunda que nos uniu desde novos manteve-se, sem o mais pequeno incidente, durante todas as nossas longas vidas.
E quem podia deixar de ser amigo do Luciano, homem estruturalmente bondoso, simples, generoso, tolerante irradiando simpatia, sempre pronto a auxiliar discretamente os mais carenciados.
A morte não apagará nunca da minha memória, o grande e indefectível Amigo, que agora nos deixou.
Cumprimento sentidamente os seus Filhos, aos quais foi deixado um legado de capital de vida moral muito valioso e que eles saberão sempre respeitar.
Adeus, Luciano, até qualquer dia!
Comments:
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Sr.Dr. Melo Biscaia
Através deste seu blogue, que visito várias vezes, fui alertado para a infausto acontecimento da morte do Dr. Luciano Monteiro que eu conhecia e muito considerava.
Tratava-se, efectivamente de uma pessoa de bem, tolerante e bondoso.
E se dúvidas houvesse sobre as suas qualidades, bastaria a palavra do Sr. Dr. para que elas se desvanecessem.
Não deixa de ser curiosa a novidade, para mim, do trajecto comum que ambos tiveram.
Pois é, Sr. Dr.: um em Faro outro em Lagos (onde curiosamente me encontro de férias) como oficais milicianos. As malhas da polícia política eram assim: apertavam os políticos honrados, de valor e intrasigentes nos princíos, com os quais, seja-me permitido dizer, alguns políticos de hoje, muito teriam que aprender!
Aqui deixo os meus modestos mas sentidos pêsames à família do Dr. Luciano Monteiro.
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Através deste seu blogue, que visito várias vezes, fui alertado para a infausto acontecimento da morte do Dr. Luciano Monteiro que eu conhecia e muito considerava.
Tratava-se, efectivamente de uma pessoa de bem, tolerante e bondoso.
E se dúvidas houvesse sobre as suas qualidades, bastaria a palavra do Sr. Dr. para que elas se desvanecessem.
Não deixa de ser curiosa a novidade, para mim, do trajecto comum que ambos tiveram.
Pois é, Sr. Dr.: um em Faro outro em Lagos (onde curiosamente me encontro de férias) como oficais milicianos. As malhas da polícia política eram assim: apertavam os políticos honrados, de valor e intrasigentes nos princíos, com os quais, seja-me permitido dizer, alguns políticos de hoje, muito teriam que aprender!
Aqui deixo os meus modestos mas sentidos pêsames à família do Dr. Luciano Monteiro.
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