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domingo, dezembro 05, 2010

 

No 30.º aniversário da morte de Sá Carneiro

Foi no dia 4 de Dezembro de 1980 que ocorreu o trágico acidente de aviação que causou a morto do então primeiro ministro de Portugal Sá Carneiro e de todos que o acompanhavam!
Ainda há quem tenha dúvidas quanto á origem desse acidente: que por erro humano ou se foi o resultado de uma criminosa sabotagem.
A verdade é que a morte daquele governante provocou naturalmente muita consternação nos portugueses, fossem ou não apoiantes daquele político.
É que, efectivamente, Sá Carneiro liderava o Partido, o então Partido Popular Democrático (hoje, PSD), que pouco tempo depois de ser fundado, conseguiu angariar uma elevada percentagem do eleitorado tornando-se o segundo partido.
E isso deve-se á personalidade de Sá Carneiro, que, já no tempo da ditadura se distinguira pela sua invulgar inteligência, muita coragem, irreverência e determinação como deputado da chamada ala liberal, principalmente na forma constante como defendeu as liberdades e direitos individuais, opondo-se com vigor á perseguição política que o governo autoritário fazia aos que contestavam as suas políticas.
Mas, também o programa inicial do PPD agradou a grande parte dos portugueses – mesmo a muitos que combateram o regime ditatorial - pois esse programa era o de uma autêntica social-democracia situando-se o partido no centro-esquerda, com rejeição do neocapitalismo ou neoliberalismo, valorizando os direitos políticos, sociais, culturais e económicos com intervenção estatal nos sectores básicos e estratégicos.
É certo que Sá Carneiro, a certa altura se aproximou de posições de Direita, dada a evolução do tempo e do que se foi passando no país, o que levou mais de metade dos deputados do PPD na Assembleia Constituinte a abandonarem o partido e a formarem um grupo parlamentar independente, mantendo-se fiéis aos princípios de uma verdadeira social-democracia e alinhando ao lado do PS na defesa e consagração constitucional de uma democracia pluralista, não só formal, mas social, cultural e económica.
Deve, pois, Sá Carneiro ter lembrado com respeito, como político hábil, com boa preparação e com um correcto conhecimento da então realidade portuguesa na qual pretendeu introduzir reformas valiosas.

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