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quinta-feira, abril 21, 2011

 

“Greve à democracia”

Marinho Pinto fez afirmações públicas que, no nosso entender, lhe ficam mal como cidadão que é o Bastonário da Ordem dos Advogados.
Disse que se impõe que os portugueses façam “greve” nas eleições de 5 de Junho, para desse modo se demonstrar aos políticos o desagrado quanto ao que tem sido a sua acção.
Este apelo à abstenção é inaceitável e impróprio de alguém que está à frente de uma instituição importante no nosso regime democrático.
Mesmo havendo, que há, descontentamento relativamente à forma como por vezes os políticos exercem as suas funções, não há razão que fundamente “a greve à democracia”.
Há, sim, que dentro dela se lute pelo seu aperfeiçoamento, moralização e aprofundamento sobretudo levando-a a ser possível uma maior participação dos cidadãos e da sociedade civil.
Num momento como este, em que o país está em tão grave situação económica e social e em que é necessário mostrar que em democracia se pode resolver essa situação, mais censuráveis são as declarações públicas de Marinho Pinto.
Não é assim, apelando à “desistência” da participação eleitoral que aquele tomou a melhor posição e cremos que muitos dos advogados que representa têm forte razão para discordar dele.

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