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segunda-feira, junho 06, 2011

 

O erro do PS

Foi, na verdade, um erro que o PS se tivesse decidido a concorrer a estas eleições legislativas, mantendo Sócrates como líder,
É que, não se podia desconhecer que o grande descontentamento popular em relação ao governo de então, incidia principalmente sobre Sócrates, pela sua postura política, evidenciando, além de uma injustificada teimosia, um desconhecimento da realidade portuguesa, mesmo quanto a grave situação financeira que se ocultou até há pouco.
Revelou demasiado optimismo, não se cansando de se vangloriar pela sua obra á frente do governo.
Agiu como se fosse dono da verdade toda, quando, afinal, nem sempre foi capaz de falara verdade!
Para além do grande descontentamento popular que abrangeu quase todos os sectores sociais, também no interior do próprio PS houve vozes críticas, discordando da acção governativa.
Com tudo isto, teria sido da maior prudência não apostar mais uma vez em Sócrates.
Infelizmente, assim não se entendeu e, apesar da grande mobilização que, durante a campanha se verificou do PS, o certo é que não conseguiu vencer.
E deste modo se deu a possibilidade de governar aos partidos da Direita (PSD e CDS) que obtiveram a maioria parlamentar.
Sócrates, até no discurso de derrota, aliás, muito longo, tentou, mais uma vez, justificar o que fez, dizendo que tinha a consciência tranquila quanto á orientação que deu aos seus governos.
O certo é que Sócrates foi castigado pelos eleitores, o que o levou a anunciar, ontem mesmo, a sua demissão de líder do PS, o que já se impunha há muito tempo.
Agora, o PS tem um árduo trabalho na reconstrução e na reafirmação da sua identidade.
O novo governo tem também um muito difícil trabalho, pois deve obedecer ao programa estabelecido pela Troika, restando-lhe uma pequena margem de manobra quanto a políticas autónomas.
De registar: a elevada percentagem da abstenção (41,1%), que mais uma vez revelou o desinteresse de grande parte dos eleitores pela vida política, mesmo quando se trata de escolher que vai governar este país.
E de assinalar, por fim, a redução muito significativa e até surpreendente do resultado eleitoral obtido pelo bloco de esquerda

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