segunda-feira, abril 30, 2012
Quadros da vida
Dizia-me,
há tempo, um casal amigo que, em breve comemoraria os sessenta anos de casados.
E
pareceu-me que falaram com tristeza.
Mas,
esses sessenta anos foram muito? Foram pouco?!
Do
que sei, aquele casal teve sempre uma vida cheia e com o melhor entendimento.
Tiveram
sempre a oportunidade de se conhecerem bem, profundamente bem e de não haver
nada de grave que os afastasse.
Acabavam
sempre por chegar a acordo, parecendo então que o amor que os unia aumentava
ainda mais, o que já não é, infelizmente, habitual nos tempos presente, em que
abundam os divórcios ou as meras uniões de facto.
Sessenta
anos de casamento serviram para uma melhor compreensão e aceitação e também
para a contenção das exaltações ou nervos a mais.
E
tudo isso foi constituindo para se afirmar a felicidade daquele casal.
Quiseram
superar zangas ou amuos, preferindo utilizar o entendimento do diálogo.
Desejo
mútuo de viver em paz e com a alegria possível.
Interessaram-se
pelos problemas dos filhos, procurando resolve-los, procuraram em
enriquecerem-se culturalmente e fomentar cada vez mais a amizade e simpatia que
um dia os aproximaram.
E
nunca deixaram de tentar que a família fosse um elo de união.
Sessenta
anos vividos assim é uma felicidade completa e, ao fim e ao cabo, passam com
uma rapidez impressionante.