quinta-feira, junho 21, 2012
Quadro
da Vida
Em todos
os tempos, felizmente, tem havido pessoas bondosas e solidárias, passando por
vezes despercebidas.
Lembro-me
agora que na Figueira um farmacêutico nunca deixava de aviar uma receita, se o
paciente não tinha dinheiro para a pagar, mesmo quando a mulher, muito
autoritária e nada caridosa) ou um empregado já tinham negado a entrega do
medicamento, aquele bom homem, dono da farmácia, saía discretamente dela e
vinha á rua entregar o medicamento a quem dele precisava, dizendo que o pagasse
logo que pudesse.
Poucos
saberão desse comportamento que sei ter sido repetido várias vezes, quando ele
se apercebia da necessidade absoluta do medicamento e da pobreza de quem dele
precisava.
Sempre
dispensei a esse homem muita e justa admiração, recordando-o sempre com saudade.