quinta-feira, novembro 15, 2012
É
preciso ter lata!
Cavaco
Silva disse que não aderiu à greve geral, trabalhando nesse dia.
Trabalhar
em quê?
Receber
e conversar com as entidades que já estavam marcadas há tempo.
É claro
que Passos Coelho logo elogiou essa atitude, como se fosse algo de importante.
Já
houve quem dissesse que o Presidente era um “fura greves”, mas não é nada disso
porque ele não é um dos trabalhadores aos quais se destinava essa greve.
É, na
verdade, muita lata e, francamente, Cavaco Silva, que se tem mantido silencioso
em relação a questões importantes, quando fala bota asneira!
A
violência
É
aceitável que quem quisesse o poder queira, em certas ocasiões, defender-se de
possíveis violências, mas, por vezes, os meios de defesa de que se serve, são
tão grandes que chegam a provocar aqueles que querem protestar.
E é
isso, muitas vezes que leva os que protestam, criticando uma política aplicada,
a exaltarem-se e a deixarem-se possuir por nervosismos que levam quase sempre a
certos actos violentos.
Ora, a
verdade é que, enquanto durou a manifestação promovida pela CGTP não houve
qualquer incidente.
Só
depois houve actos indesejáveis por parte de alguns populares que ali ficaram
ainda de noite.
Mas,
francamente, o corpo de segurança não seria demasiado provocatório?!
Seja
como for, não há dúvida que a PSP, durante quase uma hora, sofreu os ataques
dos manifestantes e só reagiu depois disso.
Pelo
que se passou poderá adivinhar-se o que poderá, infelizmente, vir a acontecer
no futuro…
A
desilusão
Uma
grande maioria de portugueses, mesmo não contando com os que nunca agiram
contra a ditadura de Salazar e Caetano, sente já muita desilusão.
Não
porque se queira voltar aos tempos salazaristas, mas porque se esperava
legitimamente, depois da libertadora Revolução de Abril, que os portugueses
pudessem viver em liberdade plena e com prosperidade em todos os sectores
sociais.
Mas, a
fracção do capitalismo nacional, ajudado decerto pelos seus parceiros
estrangeiros, tudo fizeram e têm feito para tal impedir.
E
alguns dos governos que se seguiram á Revolução não quiseram ou não puderam
opor-se com eficácia ao “ataque” que tiveram e que foi destruindo o que de bom
se desejava para todos os portugueses.
Presentemente,
então, esse ataque está a ser feito claramente por este governo, empobrecendo
cada vez mais a baixa e média classe, permitindo que mais se acentue a
diferença entre os pobres e os ricos.
A
injustiça social tem aumentado significativamente, nada fazendo de eficaz para
a reduzir.
Muitas
fábricas e empresas (mesmo das consideradas melhores) fecham, os despedimentos
aumentam dia-a-dia, e em número elevado, as exportações pouco ou nada
progridem, a dívida pública também n deixa de crescer, a fome adensa-se, em
todos os sectores do estado há problemas importantes e indesejáveis, a
corrupção é frequente, já vai havendo medo de falar sobretudo nas repartições,
os melhores lugares são para os escolhidos pelos partidos do governo, a despesa
pública tem aumentado, enfim, tudo isto e ainda mais, que não lembra agora, é
decepcionante, principalmente para aqueles que, durante a ditadura arriscaram
as suas vidas e foram vítimas de perseguições ou prejuízos graves.
Há, na
verdade razões fortes para a desilusão e para o pessimismo, quanto ao futuro
se, se continuar a “aturar” este governo de direita