terça-feira, novembro 27, 2012
Licenciados
em trabalhos indiferenciados
A
televisão deu a conhecer um licenciado em Filosofia que, no fim de alguns anos
de lecionação, ficou sem lugar no Ensino; outro licenciado em Comunicação
Social também sem emprego e em cima de uma pequena moto faz serviços de moço de
recados e fretes.
Fizeram
os seus estudos qualificados naquelas suas áreas para afinal, ganharem a vida,
terem de recorrer a trabalhos para que não estavam habilitados.
Mas se
fossem só esses…
Claro
que não é desonra trabalhar, seja no que for, mas, que é frustrante o que está
a acontecer aqueles dois indivíduos é, sem dúvida.
E são
já milhares os professores que ficam sem colocação e que terão talvez muitos de
repetir situações idênticas.
As
casas, para os Bancos
Deve
ser grande a tristeza de todos aqueles que têm que deixar as suas casas, para
as entregar aos Bancos, que lhes fizeram empréstimos!
Contaram-me,
há dias, que num caso desses, ao retirarem os seus bens móveis que tinham na
casa, onde aquela família viveu durante anos, era um dó ver os semblantes
tristes e até comovidos dos que tinham que entregar a casa.
Sobretudo
o choro dos dois filhos desse casal.
Receio
no Parlamento?!
Dez
deputados do PSD anunciaram não estar dispostos, no dia 27, a votar
positivamente o OE.
Mas,
inesperadamente (ate porque um desses deputados era o vice-presidente do PSD
(Dr. Frasquilho)).
Essa
atitude tinha sido provocada por diligências importantes, principalmente no
capítulo dos impostos.
Mas, o
que mais se estranhou foi tais deputados desistirem das suas posições
anunciadas.
Quer dizer,
no fundo, embora estando contrários ao que o governo desejava fazer naquele OE,
tudo isso desapareceu de repente, pondo em causa, sem dúvida, a pureza da
consciência de tais senhores deputados.
Porém,
houve sim, uma “valente” deputado pela Madeira, que votou, conforme sempre
dissera, contra o OE.
Este
documento está pois aprovado com os votos do PS, PCP, BE e Verdes.
Contudo,
o Presidente da República pode vetá-lo ou requerer que o Tribunal
Constitucional proceda a uma preventiva fiscalização.
O
silêncio do Presidente da República
Ainda
há poucos dias, neste mesmo blog, critiquei o silêncio de Cavaco Silva a
respeito de assuntos importantes para o país, parecendo aceita o que o governo
não devia fazer, ainda que se tenha referido algumas vezes que não queria
levantar mais questões entre os partidos, dado que havia a troika que obrigava
a tomar certas posições.
No
último discurso que lhe ouvimos, o qual parecia ser o de um menino da quarta
classe, ele bem tentou convencer das razões porque não se impunha mais á
política do governo.
Fica-se
com a ideia de que o Presidente tem medo do actual governo.
E
vai-se distraindo com visitas aqui e ali, a umas reuniões do Conselho da
Europa, onde continua quase sempre silencioso, não se afirmando como Presidente
de um País, estando agora numa má situação, foi dos primeiros a trabalhar pela
União Europeia e a contribuir para a formação da solidariedade conjunta.